domingo, 1 de junho de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 02 de Junho de 2014

Segunda-feira da 7ª semana da Páscoa

São Marcelino e São Pedro, mártires, +304

Comentário do dia
São Rafael Arnaiz Baron : «Anunciei-vos estas coisas para que, em Mim, tenhais a paz»

Actos 19,1-8.

Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, depois de atravessar as regiões do interior, chegou a Éfeso. Encontrou alguns discípulos
e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?» Responderam: «Mas nós nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo.»
E indagou: «Então, que baptismo recebestes?» Responderam eles: «O baptismo de João.»
«João disse Paulo ministrou apenas um baptismo de penitência e dizia ao povo que acreditasse naquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus.»
Quando isto ouviram, baptizaram-se em nome do Senhor Jesus.
E, tendo-lhes Paulo imposto as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar.
Eram, ao todo, uns doze homens.
Paulo foi, em seguida, à sinagoga, onde, durante três meses, falou desassombradamente e argumentava de forma a persuadir os seus ouvintes sobre o que dizia respeito ao Reino de Deus.


Salmos 68(67),2-3.4-5ac.6-7ab.

Levanta-Se Deus, os seus inimigos dispersam-se
e fogem diante d'Ele os que O odeiam.
Como se dissipa o fumo, assim eles se dissipam;
assim desfalecem os ímpios diante de Deus.

Os justos exultam na presença de Deus
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença!

Ele é pai dos órfãos e defensor das viúvas,
o Deus que habita no seu santo templo.
Deus prepara uma casa para os desamparados
e liberta aqueles que estão prisioneiros.




João 16,29-33.

Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «Agora, sim, falas claramente e não usas nenhuma comparação.
Agora vemos que sabes tudo e não precisas de que ninguém te faça perguntas. Por isso, cremos que saíste de Deus!»
Disse-lhes Jesus: «Agora credes?
Eis que vem a hora e já chegou em que sereis dispersos cada um por seu lado, e me deixareis só, se bem que Eu não esteja só, porque o Pai está comigo.
Anunciei-vos estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 20/01/1937

«Anunciei-vos estas coisas para que, em Mim, tenhais a paz»

«Senhor Meu Deus, vejo como me é preciso ter paciência; porque esta vida é cheia de contradições. Jamais estará isenta de dores e de lutas, faça eu o que fizer para ter paz. – E é assim, meu filho; mas Eu não quero que procures uma paz sem tentações para vencer, sem contrariedades para sofrer. Acredita, ao contrário, que terás encontrado a paz quando tiveres sido trabalhado por muitas tribulações, e tentado por muitas contrariedades» («Imitação de Cristo», 3,12) […].


Como nos enganamos, por vezes, os que procuramos a verdadeira paz de Deus! […] É que, com frequência, o que procuramos não é a paz de Deus, mas a paz do mundo. […] Quando o mundo procura a paz, concebe-a assim: silêncio, quietude, amor sem lágrimas, muito egoísmo camuflado. O homem procura essa paz para descansar, para não sofrer; procura a paz dos homens, a paz sensível, aquela paz que o mundo representa num claustro sob o sol, com ciprestes e pássaros; aquela paz sem tentações e sem cruz. […]


Hoje bendigo do mais fundo da minha alma este Deus que me ama tanto. […] Ele ama-me com as minhas misérias, os meus pecados, as minhas lágrimas e as minhas alegrias; Ele quer-me nessa paz de que nos fala Thomas de Kempis [em «A Imitação»]. […] Como Deus é grande! A paz da minha alma é a paz daquele que nada espera de ninguém. O que a alma espera neste mundo é apenas o desejo de viver unida à sua vontade; e essa espera é serena, na paz, apesar do triste cansaço de não ver ainda a Deus. Acompanhá-Lo na cruz custa por vezes lágrimas abundantes. Considerar que ainda temos uma vontade própria, tantas misérias, defeitos, pecados, não pode deixar de nos causar desgosto. […] Tudo é combate, dor, mas Jesus está no centro, pregado numa cruz, e encoraja a alma a prosseguir. No meio da batalha que deixamos no mundo, está Jesus, de rosto sereno, dizendo-nos: «Quem Me segue não andará nas trevas» (Jo 8,12).