segunda-feira, 2 de junho de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 03 de Junho de 2014

Terça-feira da 7ª semana da Páscoa

São Carlos Lwanga e companheiros, mártires do Uganda, +1885-87, Santo Ovídio, bispo lendário de Braga, mártir, séc. I

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «Segundo o poder que Lhe deste sobre toda a Humanidade, (…) dê [o Filho] a vida eterna a todos os que Lhe entregaste»

Actos 20,17-27.

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, Paulo mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia, procedi sempre convosco.
Tenho servido o Senhor com toda a humildade e com lágrimas, no meio das provações, que as ciladas dos judeus me acarretaram.
Jamais recuei perante qualquer coisa que vos pudesse ser útil. Preguei e instruí-vos, tanto publicamente como nas vossas casas,
afirmando a judeus e gregos a necessidade de se converterem a Deus e de acreditarem em Nosso Senhor Jesus.
E agora, obedecendo ao Espírito, vou a Jerusalém, sem saber o que lá me espera;
só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me avisa de que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas, a meus olhos, a vida não tem valor algum; basta-me poder concluir a minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus, dando testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora sei que não vereis mais o meu rosto, todos vós, no meio de quem passei, proclamando o Reino.
Por isso, tomo-vos hoje por testemunhas de que estou limpo do sangue de todos,
pois jamais recuei, quando era preciso anunciar-vos todos os desígnios de Deus.


Salmos 68(67),10-11.20-21.

Fizeste cair, ó Deus, a chuva com abundância;
restauraste as forças à tua herança extenuada.
O teu povo ficou restabelecido,
e Tu, ó Deus, reconfortaste o pobre com a tua bondade.

Bendito seja o Senhor, dia após dia;
Ele cuida de nós; Ele é o Deus da nossa salvação.
Ele é o nosso Deus, é um Deus que salva.
Na verdade, o Senhor Deus é aquele que nos livra da morte.




João 17,1-11a.

Naquele tempo, Jesus, levantando os olhos ao céu, exclamou: «Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória,
segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste.
Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste.
Eu manifestei a tua glória na Terra, levando a cabo a obra que me deste a realizar.
E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti, aquela glória que Eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir.
Dei-te a conhecer aos homens que, do meio do mundo, me deste. Eles eram teus e Tu mos entregaste e têm guardado a tua palavra.
Agora ficaram a saber que tudo quanto me deste vem de ti,
pois as palavras que me transmitiste Eu lhas tenho transmitido. Eles receberam-nas e reconheceram verdadeiramente que Eu vim de ti, e creram que Tu me enviaste.
É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me confiaste, porque são teus.
Tudo o que é meu é teu e o que é teu é meu; e neles se manifesta a minha glória.
Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para ti. Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti, para serem um só, como Nós somos!



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de S. João, 4,2 (trad. do breviário, III semana do Tempo Pascal, rev.)

«Segundo o poder que Lhe deste sobre toda a Humanidade, (…) dê [o Filho] a vida eterna a todos os que Lhe entregaste»

«Eu morro por todos, diz o Senhor, para que todos tenham a vida por meu intermédio; Eu morro para resgatar a carne de todos pela minha Carne. A morte morrerá na minha morte e, juntamente comigo, ressuscitará a natureza humana do letargo em que caíra. Com esse fim Me tornei semelhante a vós, um homem autêntico da descendência de Abraão, para ser em tudo semelhante aos meus irmãos (cf Heb 2,17)». […] Ora, o poder daquele que tinha o império da morte e, por conseguinte, a mesma morte, nunca poderiam ser aniquilados se Cristo não Se tivesse oferecido a Si mesmo por nós: foi imolado um só em redenção por todos, porque sobre todos reinava a morte. Cristo, oferecendo-Se por nós a Deus Pai como sacrifício imaculado, afirma num Salmo: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas preparaste-Me um corpo. Não Me pediste holocaustos nem sacrifícios pelos pecados. Então, Eu disse: Eis-Me aqui.» (Sl 40,7-8; Heb 10,5-7). […]


Que Cristo tivesse oferecido a sua carne pela vida do mundo podemos reconhecê-lo por aquelas palavras que disse: «Pai Santo, guarda-os!». E logo a seguir: «Por eles Me santifico» (Jo 17,11.19) […], isto é, consagro-Me, ofereço-Me como sacrifício imaculado de suave perfume (cf Ef 5,2; Gn 8,21). Com efeito, tudo o que era oferecido sobre o altar era santificado ou chamado santo. Cristo, portanto, deu o seu corpo em sacrifício pela vida de todos e assim nos foi comunicada de novo a vida por meio dele. […] Depois que habitou na carne, o Verbo vivificante de Deus restituiu à carne o seu próprio bem, ou seja, a vida.