segunda-feira, 9 de junho de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 10 de Junho de 2014

Anjo de Portugal

Santo Anjo da Guarda de Portugal

Comentário do dia
São Rafael Arnaiz Barón : «Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo»

Ex. 23,20-23a.

Eis que diz o Senhor: « Vou enviar um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei.
Mantém-te atento na sua presença e escuta a sua voz. Não lhe causes amargura, porque ele não suportará a vossa transgressão, porque está nele a minha autoridade.
Mas se escutares a sua voz e se fizeres tudo o que Eu falar, Eu serei inimigo dos teus inimigos e serei adversário dos teus adversários,
pois o meu anjo caminhará diante de ti e te fará entrar na terra do amorreu, do hitita, do perizeu, do cananeu, do heveu e do jebuseu, e Eu exterminá-lo-ei.


Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.

Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo
e mora à sombra do Omnipotente  
pode exclamar: «Senhor, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela,
o meu Deus, em quem confio!»

Nenhum mal lhe acontecerá
nem a desgraça se aproximará da sua tenda,
porque Ele mandará os seus anjos
que o guardem em todos os seus caminhos.

Eles hão-de levar-te na palma das mãos,
para que não tropeces em nenhuma pedra.
Poderás caminhar sobre serpentes e víboras,
calcar aos pés leões e dragões.

Porque em mim confiou, hei-de salvá-lo,
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando me invocar, hei-de responder-lhe;
estarei a seu lado na tribulação,

para o salvar e encher de honras.



Lucas 2,8-14.

Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite.
Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo.
O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo:
Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Rafael Arnaiz Barón (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 27/12/1936

«Anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo»

Está muito frio na terra. Os céus estão bordados de estrelas, que mal se conseguem adivinhar sobre o azul-escuro da abóbada celeste inundada de trevas. Na Terra, uma das estrelas mais pequenas do imenso sistema planetário, estão em vias de acontecer esta noite prodígios que espantam os anjos […]: um Deus que, por amor ao homem, desce humildemente à carne mortal e nasce duma mulher numa das estrelas mais pequenas e mais frias, na Terra. […]


Também os homens têm gelo no coração. Ninguém acorre a assistir ao milagre do nascimento de Deus. O mundo inteiro reduz-se a uma mulher chamada Maria, a um homem de olhos azuis que se chama José, e a um bebé recém-nascido que, envolvido em panos, abre os olhos pela primeira vez sob o hálito quente de um burro e uma vaca, repousando sobre a palha que a pobreza de José e a solicitude e o amor de Maria Lhe arranjaram. O mundo dorme, inconsciente, o pesado sono da carne. Está muito frio nessa noite na terra de Judá. As estrelas bordadas no céu são olhos de anjos que cantam «Glória a Deus nas alturas!», um cântico entoado para Deus e escutado por alguns pastores que guardam os seus rebanhos e que acorrem a adorar, com a sua alma de meninos, a Jesus que acaba de nascer. É a primeira lição do amor de Deus. […]


Embora a minha alma não seja casta como a de José nem tenha o amor de Maria, ofereci ao Senhor a minha absoluta pobreza de tudo, a minha alma vazia. Se não Lhe cantei hinos como os anjos, tentei cantar-Lhe alguns refrães dos pastores, a canção do pobre, daquele que nada tem; a canção daquele que só pode oferecer a Deus misérias e fraquezas. Mas que importa, porque as misérias e as fraquezas oferecidas a Jesus com um coração verdadeiramente amoroso são aceites por Ele como se de virtudes se tratasse. Grande, imensa é a misericórdia de Deus! A minha carne mortal não ouve os louvores do céu, mas a minha alma adivinha que hoje, tal como outrora, os anjos olham espantados para a Terra e entoam «Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!»