quinta-feira, 12 de junho de 2014

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 13 de Junho de 2014

Santo António de Lisboa

Santo António de Lisboa, presbítero, Doutor da Igreja, +1231

Comentário do dia
Paulo VI : «Deus criou o ser humano à sua imagem, […] Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27)

Sirac 39,8-14.

Aquele que medita na lei do Altíssimo, se for do agrado do Senhor omnipotente, será cheio do espírito de inteligência. Então ele derramará, como chuva, as suas palavras de sabedoria e na sua oração louvará o Senhor. Adquirirá a rectidão do julgamento e da ciência e reflectirá nos mistérios de Deus. Ensinará ele próprio a doutrina que aprendeu e porá a sua glória na Lei da Aliança do Senhor.
Muitos louvarão a sua sabedoria, que jamais ficará no esquecimento. A sua recordação não desaparecerá e o seu nome viverá de geração em geração.
As nações proclamarão a sua sabedoria, a assembleia publicará o seu louvor.
Se viver muito terá maior reputação do que mil outros, e, se ele morre, quanto fez é suficiente.
Falarei ainda das minhas reflexões, porque estou repleto como a Lua-cheia.
Escutai-me, filhos piedosos, e florescei, como uma roseira que cresce à beira das águas;
como o incenso, espalhai um aroma suave, desabrochai em flores como o lírio, difundi perfume e entoai cânticos, bendizei o Senhor por todas as suas obras.


Sirac 18,1-2.4-9a.10-13.

Aquele que vive eternamente criou todas as coisas por igual.
Só o Senhor será proclamado justo e não há outro além dele.
A ninguém é concedido anunciar as suas obras; quem será capaz de descobrir as suas grandezas?
Quem poderá calcular todo o poder da sua grandeza? Quem consegue narrar as suas misericórdias?

Nada se lhes pode tirar nem acrescentar, nem descobrir as maravilhas do Senhor.
Quando o homem tiver acabado, estará no começo; e quando cessar, ficará perplexo.
Que é o homem, e para que serve? Qual é o seu bem e qual é o seu mal?
A duração da vida do homem, quando muito, é de cem anos; para cada um é imprevisível o tempo do sono da morte.

Mas, como uma gota de água do mar ou como um grão de areia, assim são os seus anos ante um dia da eternidade.
Por isso, é que o Senhor é paciente com os homens, e derrama sobre eles a sua misericórdia.
Ele vê e reconhece que o seu fim é lamentável; por isso é que Ele multiplica o seu perdão.
A compaixão do homem tem por objecto o próximo, mas a misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo: repreende, corrige, ensina, e reconduz, como pastor, o seu rebanho.




Mateus 5,13-19.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa.
Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.»
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição.
Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Discurso de 4/5/1970 aos casais do Movimento Equipas de Nossa Senhora (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Deus criou o ser humano à sua imagem, […] Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27)

Como a Sagrada Escritura nos ensina, o matrimónio, antes de ser um sacramento, é uma grande realidade terrena: «Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1,27). É preciso recordar todos os dias esta primeira página da Bíblia, se quisermos compreender o que é, o que deve ser um casal humano, um lar. […] A dualidade dos sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem imagem de Deus, e, como Ele, nascente de vida: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra» (Gn 1,28). Uma leitura atenta dos Profetas, dos Livros Sapienciais e do Novo Testamento mostra-nos, de resto, o significado desta realidade fundamental e ensina-nos a não a limitar ao desejo físico, […] mas a descobrir nela o carácter complementar dos valores do homem e da mulher, a grandeza e as fraquezas do amor conjugal, a sua fecundidade e a sua abertura ao mistério do desígnio do amor de Deus. Este ensinamento conserva ainda hoje todo o seu valor e imuniza-nos contra as tentações de um erotismo destruidor. […]


O cristão tem consciência disto: o amor humano é bom na sua origem e, embora esteja, como tudo o que existe no homem, ferido e deformado pelo pecado, encontra em Cristo a sua salvação e a sua redenção. […] Quantos casais encontraram, na sua vida conjugal, o caminho da santidade, nesta comunidade de vida, que é a única fundada num sacramento! Obra do Espírito Santo (cf Tt 3,5), a regeneração baptismal faz de nós criaturas novas (cf Gal 6,15), para que «assim caminhemos nós, também, numa vida nova» (Rom 6,4). Nesta grande empresa de renovação de todas as coisas em Cristo, o matrimónio, também ele purificado e renovado, torna-se uma realidade nova, um sacramento da Nova Aliança. E eis que no limiar do Novo Testamento, como na entrada do Antigo, se forma um casal. Mas, ao passo que aquele, formado por Adão e Eva, foi a fonte do mal que se espalhou sobre o mundo, o de José e Maria é a plenitude de onde a santidade se expande sobre toda a terra.