quarta-feira, 25 de junho de 2014

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 26 de Junho de 2014

Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Santos João e Paulo, mártires, +362, S. José Maria Escrivá, presbítero, fundador, +1975, São Paio, mártir, +925

Comentário do dia
São Gregório de Nazianzo : Edificados sobre a Rocha

2 Reis 24,8-17.

Jeconias tinha dezoito anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém.
Fez o mal aos olhos do Senhor, tal como o seu pai.
Foi nesse tempo que os homens de Nabucodonosor, rei da Babilónia, vieram sobre Jerusalém e a sitiaram.
Nabucodonosor chegou à cidade, quando as suas tropas a sitiavam.
Joiaquin, rei de Judá, saiu ao encontro do rei da Babilónia, com sua mãe, com os altos funcionários, com os oficiais e com os eunucos; e o rei da Babilónia prendeu-o. Isto aconteceu no oitavo ano do reinado de Nabucodonosor.
E como o Senhor tinha anunciado, Nabucodonosor levou dali todos os tesouros do templo do Senhor e do palácio real, e quebrou todos os objectos de ouro que Salomão, rei de Israel, fizera para o santuário do Senhor.
Levou cativa toda a corte de Jerusalém, todos os chefes e todos os notáveis, ao todo dez mil, com todos os ferreiros e artífices; deixou apenas os pobres do país.
Deportou Joiaquin de Jerusalém para a Babilónia, com a sua mãe, as suas mulheres, os eunucos do rei e os grandes do país.
Todos os homens de valor, aptos para a guerra, em número de sete mil, os ferreiros e os artífices, em número de mil, o rei da Babilónia levou-os cativos para a Babilónia.
Em lugar de Joiaquin, o rei da Babilónia nomeou rei seu tio Matanias, cujo nome mudou para Sedecias.


Salmos 79(78),1-2.3-5.8.9.

Ó Deus, os pagãos invadiram a tua herança,
profanaram o teu santo templo
e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas.
Deram os cadáveres dos teus servos
em alimento às aves do céu
e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens.

Derramaram o seu sangue em torno de Jerusalém,
e ninguém lhes deu sepultura.
Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos,
de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam.
Até quando, Senhor, estarás ainda irritado?
Será a tua indignação como um fogo abrasador?

Não recordes contra nós
as faltas dos nossos antepassados;
venha depressa ao nosso encontro a tua misericódia
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos os nossos pecados

pelo amor do teu nome.



Mateus 7,21-29.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo o que Me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?'
E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.'»
«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»
Quando Jesus acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos,
porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja
Discurso 26

Edificados sobre a Rocha

Certa noite, andava eu a passear à beira-mar e, como diz a Escritura, «soprando uma forte ventania, o lago começou a agitar-se» (Jo 6,18). As vagas elevavam-se ao longe e invadiam a praia, batendo nos rochedos, desfazendo-se e transformando-se em espuma e em gotículas. Os seixos pequenos, as algas e as conchas mais leves eram arrastados pelas águas e atirados para a praia, mas os rochedos permaneciam firmes e inabaláveis, como se tudo estivesse calmo, mesmo no meio das vagas que os assolavam. […]


Retirei uma lição desse espectáculo. Esse mar não será a nossa vida e a condição humana? Também aqui se encontra muita amargura e instabilidade. E não serão como os ventos as tentações que nos assolam e todos os golpes imprevistos da vida? Era nisso, segundo penso, que meditava David quando clamava: «Salva-me, ó Deus, porque as águas quase me submergem; estou a afundar-me num lamaçal profundo, não tenho ponto de apoio; entrei no abismo de águas sem fundo e a corrente está a arrastar-me» (Sl 69,2ss). Entre as pessoas que são postas à prova, umas parecem-me objectos ligeiros e sem vida que se deixam levar sem oferecer a mínima resistência; não têm nenhuma firmeza em si; não têm o contrapeso duma razão sábia que lute contra os assaltos. Outras parecem-me rochedos, dignas dessa Rocha sobre a qual fomos edificados e que adoramos; formadas nos raciocínios da verdadeira sabedoria, elevam-se acima da fraqueza comum e tudo suportam com uma constância inabalável.