domingo, 29 de junho de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 30 de Junho de 2014

Segunda-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, S. Marçal, bispo, séc. III, S. Pedro e S. Paulo (no Brasil)

Comentário do dia
Beata Teresa de Calcutá : «O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

Amós 2,6-10.13-16.

Assim fala o Senhor: "Por causa do triplo e do quádruplo crime de Israel, não revogarei o meu decreto. Porque vendem o justo por dinheiro e o pobre, por um par de sandálias;
esmagam sobre o pó da terra a cabeça do pobre, desviam os pequenos do caminho certo. Porque o filho e o pai dormem com a mesma jovem, profanando o meu santo nome.
Porque se estendem ao pé de cada altar sobre as roupas recebidas em penhor, e bebem no templo do seu Deus o vinho dos que foram confiscados.
Fui Eu que, diante deles, exterminei os amorreus, que eram altos como cedros e fortes como os carvalhos. Destruí-lhes por cima os frutos e por baixo as raízes.
Eu é que vos tirei da terra do Egipto, e vos conduzi, através do deserto, durante quarenta anos, a fim de vos dar a posse da terra dos amorreus
Pois bem! Eis que vos vou esmagar contra o solo como esmaga um carro bem carregado de feno.
O homem ágil não poderá fugir, o forte em vão recorrerá à sua força, o valente não salvará a sua vida.
O que maneja o arco não resistirá, nem o homem de pés ligeiros escapará, nem o cavaleiro salvará a sua vida.
E o mais corajoso entre os valentes fugirá nu, naquele dia - oráculo do SENHOR."


Salmos 50(49),16bc-17.18-19.20-21.22-23.


"Porque andas sempre a falar da minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e rejeitas as minhas palavras?

Se vês um ladrão, ajuntas-te com ele
e fazes grupo com os adúlteros.
Destes largas à tua boca para o mal
e atua língua tece enganos.

Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas o filho da tua mãe.
Tens feito tudo isto. Poderei Eu calar-me?
Pensavas que Eu era igual a ti?

Vou chamar-te a julgamento
e lançar-te tudo isto em rosto!»
Considerai isto, vós que esqueceis a Deus
não aconteça que vos extermine,

sem haver quem vos salve.
Honra-me quem oferece o sacrifício de louvor;
a quem anda por este caminho
farei participar da salvação de Deus.




Mateus 8,18-22.

Naquele tempo, vendo Jesus em torno de si uma grande multidão, decidiu passar à outra margem.
Saiu-lhe ao encontro um doutor da Lei, que lhe disse: «Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.»
Respondeu-lhe Jesus: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
Um dos discípulos disse-lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus mortos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Jesus, the Word to Be Spoken», cap. 8, 31

«O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça»

A pobreza do nosso Salvador é ainda maior que a do animal mais pobre deste mundo: «as raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.» Esta era a realidade. Não tinha uma casa sua, não tinha morada fixa. Os Samaritanos tinham-No expulsado e teve de procurar abrigo (Lc 9,53). Tudo era incerto: o alojamento, a alimentação. Tudo aquilo de que Se servia era esmola dos outros.


Isto é realmente a grande pobreza; e como é tocante quando sabemos que Ele é o Deus-Homem, o Senhor do céu e da terra, e tudo o que podia ter possuído! Mas ao mesmo tempo é isso que torna a sua pobreza esplêndida e rica, no sentido em que se trata de uma pobreza voluntária, escolhida por amor a nós e com a intenção de nos enriquecer (cf 2Cor 8,9).


Somos abençoados ao ser chamados a partilhar, à nossa maneira modesta, a imensa pobreza deste grande Deus. Estremecemos de alegria perante esta magnífica errância que é a nossa vida. Não erramos, mas cultivamos o espírito do abandono. Não possuímos nada para viver e, no entanto, vivemos com esplendor; nada sobre que avançar e no entanto avançamos sem medo; nada em que nos apoiarmos e no entanto apoiamo-nos em Deus com confiança porque somos dele e Ele é o nosso Pai previdente.