sexta-feira, 11 de julho de 2014

Profecia do Dia


Sabado, dia 12 de Julho de 2014

Sábado da 14ª semana do Tempo Comum

S. João Gualberto, monge, +1073, Beatos Luis e Zélia Martin, esposos e pais de Santa Teresinha

Comentário do dia
Tomás de Celano : «E nem um deles [pássaros] cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai. […] Não temais!»

Is. 6,1-8.

No ano em que morreu o rei Ozias, rei de Judá, vi o Senhor sentado num trono alto e sublime; as franjas do seu manto enchiam o templo.
Os serafins estavam diante dele, cada um tinha seis asas; com duas asas cobriam o rosto, com duas asas cobriam o corpo, com duas asas voavam.
E clamavam uns para os outros: «Santo, santo, santo, o SENHOR do universo! Toda a terra está cheia da sua glória!»
E tremiam os gonzos das portas ao clamor da sua voz, e o templo encheu-se de fumo.
Então disse: «Ai de mim, estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, que habita no meio de um povo de lábios impuros, e vi com os meus olhos o Rei, SENHOR do universo!»
Um dos serafins voou na minha direcção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tomado do altar com uma tenaz.
Tocou na minha boca e disse: «Repara bem, isto tocou os teus lábios, foi afastada a tua culpa, e apagado o teu pecado!»
Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?» Então eu disse: «Eis-me aqui, envia-me.»


Salmos 93(92),1ab.1c-2.5.

O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade.
Revestido e cingido de poder está o Senhor.

Firmou o universo, que não vacilará.
O teu trono, Senhor, está firme desde sempre;
e Tu existes desde a eternidade.

São dignos de fé os teus testemunhos,
a tua casa está adornada de santidade
por todo o sempre, ó Senhor!




Mateus 10,24-33.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor.
Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo ser como o senhor. Se ao dono da casa chamaram Belzebu, o que não chamarão eles aos familiares!
Não os temais, portanto, pois não há nada encoberto que não venha a ser conhecido.
O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços.
Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer na Geena o corpo e a alma.
Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai!
Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados!
Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros.»
«Todo aquele que se declarar por mim, diante dos homens, também me declararei por ele diante do meu Pai que está no Céu.
Mas aquele que me negar diante dos homens, também o hei-de negar diante do meu Pai que está no Céu.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Tomás de Celano (c. 1190-c. 1260), biógrafo de São Francisco e de Santa Clara
Primeira vida de São Francisco, §58

«E nem um deles [pássaros] cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai. […] Não temais!»

Ao chegar perto dum grande bando de pássaros, o beato Francisco constatou que estes o esperavam; saudou-os como habitualmente, maravilhou-se ao ver que não levantavam voo como seria normal e disse-lhes que deviam escutar a Palavra de Deus, pedindo-lhes humildemente que prestassem atenção.


Disse-lhes, entre outras coisas: «Meus irmãos pássaros, é bom que louveis o vosso Criador e O ameis sempre: Ele deu-vos as penas para vos vestirdes, as asas para voardes e tudo aquilo de que precisais para viver. De todas as criaturas de Deus, sois vós as mais agraciadas. Deu-vos como domínio os ares e a sua limpidez. Não precisais de semear nem de colher; Ele dá-vos alimento e abrigo sem que tenhais de vos inquietar» (cf Mt 6,26). Ao ouvirem estas palavras, que também se referiam ao próprio santo e aos seus companheiros, os pássaros exprimiram à sua maneira uma alegria admirável: alongaram o pescoço, abriram as asas e o bico e olharam-no atentamente. Ele ia e vinha entre eles, roçando-lhes com a túnica na cabeça e no corpo. Finalmente, abençoou-os, traçando sobre eles o sinal da cruz, e permitiu-lhes levantar voo. Depois retomou o caminho com os seus companheiros e, exultando de alegria, dava graças a Deus que assim era reconhecido e venerado por todas as suas criaturas.


Francisco não era um pobre de espírito; mas tinha a graça da simplicidade e assim recriminava-se pela sua negligência por ainda não ter pregado aos pássaros, uma vez que esses animais escutavam com tanto respeito a Palavra de Deus. E a partir desse dia não deixava de exortar todas as aves, todos os animais, os répteis e mesmo as criaturas inanimadas a amar e a louvar o Criador.