domingo, 13 de julho de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 14 de Julho de 2014

Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum

S. Camilo de Lellis, presbítero, fundador, +1614

Comentário do dia
Eusébio de Cesareia : «Quando lhes falo de paz, logo eles falam de guerra» (Sl 119,7)

Is. 1,10-17.

Ouvi a palavra do Senhor, ó príncipes de Sodoma; escutai a lição do nosso Deus, povo de Gomorra:
«De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas? diz o SENHOR. Estou farto de holocaustos de carneiros, de gordura de bezerros. Não me agrada o sangue de vitelos, de cordeiros nem de bodes.
Quando me viestes prestar culto, quem reclamou de vós semelhantes dons, ao pisardes o meu santuário?
Não me ofereçais mais dons inúteis: o incenso é-me abominável; as celebrações lunares, os sábados, as reuniões de culto, as festas e as solenidades são-me insuportáveis.
Abomino as vossas celebrações lunares, e as vossas festas; estou cansado delas, não as suporto mais.
Quando levantais as vossas mãos, afasto de vós os meus olhos; podeis multiplicar as vossas preces, que Eu não as atendo. É que as vossas mãos estão cheias de sangue.
Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas acções. Cessai de fazer o mal,
aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo, socorrei os oprimidos, fazei justiça aos órfãos, defendei as viúvas.


Salmos 50(49),8-9.16bc-17.21.23.

Não é pelos sacífícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa

nem os cabritos do teu rebanho.
«Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,

tu que detestas os meus ensinamentos
e rejeitas as minhas palavras?
Tens feito tudo isto. Poderei Eu calar-me?

Pensavas que Eu era igual a ti?
Vou chamar-te a julgamento
e lançar-te tudo isto em rosto!»

Honra-me quem oferece o sacrifício de louvor;
a quem anda por este caminho
farei participar da salvação de Deus.




Mateus 10,34-42.11,1.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada.
Porque vim separar o filho do seu pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra;
de tal modo que os inimigos do homem serão os seus familiares.
Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim.
Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim.
Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la.»
«Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, por ele ser justo, receberá recompensa de justo.
E quem der de beber a um destes pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.»
Quando Jesus acabou de dar estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ir ensinar e pregar nas suas cidades.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Eusébio de Cesareia (c. 265-340), bispo, teólogo, historiador
Sobre a palavra do Senhor: «Não penseis que vim trazer a paz à Terra»; PG 24, 1176

«Quando lhes falo de paz, logo eles falam de guerra» (Sl 119,7)

Jesus veio «reconciliar todas as coisas, pacificando com o sangue da sua cruz tanto as que estão na Terra como as que estão no céu» (Col 1,20). Se isto é verdade, como compreenderemos nós o que o próprio Salvador diz no Evangelho: «Não penseis que vim trazer a paz à Terra»? […] Acaso poderia a paz não trazer a paz?


Quando enviou o seu Filho, o desígnio de Deus era salvar os homens. E a missão que devia cumprir era a de estabelecer a paz no céu e na Terra. Então porque não há paz? Por causa da fraqueza daqueles que não conseguiram receber o brilho da Luz verdadeira (cf Jo 1, 9-10). Cristo proclama a paz; é o que diz também o apóstolo Paulo: «Ele é a nossa paz» (Ef 2,14); mas trata-se unicamente da paz daqueles que crêem e que O recebem.


Certa filha fez-se crente, mas seu pai continua descrente […]: «que parte pode ter o fiel com o infiel?» (2Cor 6,15). Torna-se crente o filho, mas o pai mantém-se incrédulo […]: onde a paz é proclamada, instala-se a confusão […]. «Proclamo a paz, sim, mas a Terra não a recebe.» Não era este o desígnio do semeador, que esperava o fruto da Terra.