sábado, 16 de agosto de 2014

Profecia do Dia


Domingo, dia 17 de Agosto de 2014

20º Domingo do Tempo Comum - Ano A
XX Domingo Comum (semana IV do saltério)Assunção de Nossa Senhora (no Brasil)

Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490, S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257

Comentário do dia
Guilherme de Saint-Thierry : «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim»

Is. 56,1.6-7.

Eis o que diz o Senhor: «Respeitai o direito, praticai a justiça, porque a minha salvação está mesmo a chegar, e a minha vitória prestes a aparecer.
Quanto aos estrangeiros que se converterem ao SENHOR, para o servirem e amarem e serem seus servos, se guardarem o sábado sem o profanar, e forem fiéis à minha aliança,
hei-de conduzi-los ao meu santo monte, hei-de cumulá-los de alegria na minha casa de oração; os seus holocaustos e sacrifícios ser-me-ão agradáveis sobre o meu altar, porque a minha casa é casa de oração, e assim será para todos os povos


Salmos 67(66),2-3.5.6.8.

Deus se compadeça de nós e nos abençoe,  
faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos
e entre as nações, a tua salvação!

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgas os povos com justiça.   
e governas as nações sobre a terra.
Que os povos te louvem, ó Deus!

Todos os povos te louvem!
Que Deus nos abençoe;
e o seu temor chegue aos confins da terra!




Romanos 11,13-15.29-32.

Irmãos:É a vós, os gentios, que eu digo isto: exactamente como Apóstolo dos gentios que sou, enalteço este meu ministério,
para ver se provoco o ciúme dos que são da minha carne e salvo alguns deles.
Porque, se a sua rejeição serviu para a reconciliação do mundo, que irá ser a sua admissão senão uma passagem da morte à vida?
É que os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.
Outrora vós desobedecestes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, devido à desobediência deles;
do mesmo modo, também eles desobedeceram agora, em favor da misericórdia que alcançastes, para que também eles venham agora a alcançar misericórdia.
Porque Deus encerrou a todos na desobediência, para com todos usar de misericórdia. Glória a Deus para sempre!


Mateus 15,21-28.

Naquele tempo, Jesus partiu dali e retirou-Se para os lados de Tiro e de Sídon.
Então, uma cananeia, que viera daquela região, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio.»
Mas Ele não lhe respondeu nem uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-lhe com insistência: «Despacha-a, porque ela persegue-nos com os seus gritos.»
Jesus replicou: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.»
Mas a mulher veio prostrar-se diante dele, dizendo: «Socorre-me, Senhor.»
Ele respondeu-lhe: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorros.»
Retorquiu ela: «É verdade, Senhor, mas até os cachorros comem as migalhas que caem da mesa de seus donos.»
Então, Jesus respondeu-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se como desejas.» E, a partir desse instante, a filha dela achou-se curada.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Orações meditativas, nº 2

«Senhor, Filho de David, tem misericórdia de mim»

Às vezes, Senhor, sinto-Te passar; Tu não páras, ultrapassas-me, mas eu grito por Ti como a mulher cananeia. Ousarei aproximar-me de Ti? Claro que sim, porque os cachorros expulsos da casa do dono regressam sempre e, guardando a casa, recebem o seu pão de cada dia. Expulso, aqui estou de novo; afastado, clamo; maltratado, imploro. Como os cachorros não podem viver longe dos homens, assim também a minha alma não pode viver longe do meu Deus!


Abre-me, Senhor. Que eu chegue a Ti para ser inundado pela tua luz. Tu habitas nos céus, estás escondido nas trevas, na nuvem obscura. Como diz o profeta: «Envolveste-Te numa nuvem para que as nossas orações não Te alcancem» (Lam 3,44). Estanco na terra, o coração como num atoleiro. […] As tuas estrelas já não brilham para mim, o sol obscureceu-se, a lua já não dá a sua luz. Pretendo cantar os teus feitos nos salmos, nos hinos e nos cânticos espirituais; no Evangelho, as tuas palavras e as tuas acções resplandecem de luz; os exemplos dos teus servos […], as ameaças e as promessas das tuas Escrituras de verdade impõem-se a meus olhos e batem na surdez dos meus ouvidos. Mas a minha mente endureceu; aprendi a dormir virado para o esplendor do sol; acostumei-me a já não ver o que assim se me oferece. […]


Até quando, Senhor, até quando tardarás a rasgar os teus céus, a descer para vires sacudir o meu torpor? (Sl 12,2; 63,19) Que eu deixe de ser o que sou […], que me converta e que volte, pelo menos à noite, como um cachorrinho faminto. Percorro a tua cidade, que peregrina ainda em parte neste mundo, embora a maioria dos seus habitantes tenha encontrado a sua alegria nos céus. Também eu encontrarei aí a minha casa?