segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 09 de Setembro de 2014

Terça-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Beato Frederico Ozanam, leigo, +1853, S. Pedro Claver, presbítero, +1654

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Passou a noite a orar a Deus»

1 Cor. 6,1-11.

Irmãos: Quando algum de vós entra em litígio com outro, como é que se atreve a submetê-lo ao juízo dos injustos e não ao dos santos?
Ou não sabeis que os santos é que hão-de julgar o mundo? E, se é por vós que o mundo há-de ser julgado, sereis indignos de julgar questões menores?
Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, as pequenas coisas da vida!
Quando, pois, tendes questões menores, porque escolheis como juízes aqueles que a Igreja menospreza?
Digo isto para vossa vergonha. Não haverá, entre vós, ninguém suficientemente sábio para poder julgar entre irmãos?
No entanto, um irmão processa o seu irmão, e isto diante dos não crentes!
Ora, a existência de questões entre vós é já um sinal de inferioridade. Porque não preferis, antes, sofrer uma injustiça? Porque não preferis ser prejudicados?
Mas, pelo contrário, sois vós que cometeis injustiças e causais danos, e isto contra os próprios irmãos!
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os pedófilos,
nem os ladrões, nem os avarentos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os salteadores herdarão o Reino de Deus.
E alguns de vós eram assim. Mas vós cuidastes de vos purificar; fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.


Salmos 149(148),1-2.3-4.5-6a.9b.

Cantai ao Senhor um cântico novo;

louvai-O na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel no seu Criador;

regozije-se o povo de Sião no seu Rei!
Louvem o seu nome com danças;
cantem-Lhe ao som de harpas e tambores!

O Senhor ama o seu povo
e honra os humildes com a vitória!
Exultem de alegria os fiéis
e cantem jubilosos em seus leitos.

Entoem bem alto os louvores de Deus,
é uma honra para todos os seus fiéis.



Lucas 6,12-19.

Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus.
Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos:
Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu;
Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote;
Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon,
que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados;
e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Carta 130, a Proba, sobre a oração, 14-15 (Breviário, 6ª feira da XXIX semana do Tempo Comum)

«Passou a noite a orar a Deus»

Quem só pede ao Senhor a bem-aventurança e só por ela anseia (cf Sl 26,4) pede com segurança e certeza […]. Esta é a única verdadeira vida, a única vida bem-aventurada: contemplar eternamente a bondade do Senhor, na imortalidade e incorruptibilidade de corpo e alma. Só por causa desta felicidade se buscam outros bens, só com esta finalidade se pede como convém. Quem alcançar a vida bem-aventurada terá tudo o que deseja e nela nada encontrará que não lhe convenha.


Ali está a fonte de vida (cf Sl 36 [35],10), da qual agora sentimos sede na oração, enquanto vivemos na esperança sem ver ainda o que esperamos (cf Rom 8,25), refugiando-nos à sombra das asas daquele em cuja presença estão todos os nossos desejos (cf Sl 35,8; 37,10), para saborearmos a abundância da sua casa e saciarmo-nos na torrente das suas delícias; porque nele está a fonte da vida e é na sua luz que veremos a luz (cf Sl 35,9-10), quando na sua bondade saciarmos todos os nossos desejos e já nada tivermos que pedir com gemidos porque tudo possuiremos com alegria.


Mas, como essa vida é a paz que supera todo o entendimento (cf Fil 4,7), também quando a pedimos na oração não sabemos o que pedimos (cf Rom 8,26). […] Há em nós, por assim dizer, uma douta ignorância; douta, sem dúvida, porque instruída pelo Espírito Santo que vem em auxílio da nossa fraqueza. De facto, diz o Apóstolo [Paulo]: esperar o que não vemos é esperar com perseverança; e acrescenta: o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis (Rom 8,25-26).