terça-feira, 7 de outubro de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 08 de Outubro de 2014

Quarta-feira da 27ª semana do Tempo Comum

Santa Taís, penitente, séc. IV, S. Simeão, teólogo, +1022

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Senhor, ensina-nos a orar.»

Gálatas 2,1-2.7-14.

Irmãos: Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém, com Barnabé, levando comigo também Tito.
Mas subi devido a uma revelação. E pus à apreciação deles – e, em privado, à dos mais considerados – o Evangelho que prego entre os gentios, não esteja eu a correr ou tenha corrido em vão.
Antes pelo contrário: tendo visto que me tinha sido confiada a evangelização dos incircuncisos, como a Pedro a dos circuncisos –
pois aquele que operou em Pedro, para o apostolado dos circuncisos, operou também em mim, em favor dos gentios –
e tendo reconhecido a graça que me havia sido dada, Tiago, Cefas e João, que eram considerados as colunas, deram-nos a mão direita, a mim e a Barnabé, em sinal de comunhão, para irmos, nós aos gentios e eles aos circuncisos.
Só nos disseram que nos devíamos lembrar dos pobres – o que procurei fazer com o maior empenho.
Mas, quando Cefas veio para Antioquia, opus-me frontalmente a ele, porque estava a comportar-se de modo condenável.
Com efeito, antes de terem chegado umas pessoas da parte de Tiago, ele comia juntamente com os gentios. Mas, quando elas chegaram, Pedro retirava-se e separava-se, com medo dos partidários da circuncisão.
E com ele também os outros judeus agiram hipocritamente, de tal modo que até Barnabé foi arrastado pela hipocrisia deles.
Mas, quando vi que não procediam correctamente, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas diante de todos: «Se tu, sendo judeu, vives segundo os costumes gentios e não judaicos, como te atreves a forçar os gentios a viver como judeus?»


Salmos 117(116),1.2.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!
Porque o seu amor para connosco não tem limites,
e a fidelidade do Senhor é eterna!




Lucas 11,1-4.

Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-Lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Carta 130, a Proba, sobre a oração, 11-12 (trad. cf bréviaire 3ª feira da XXIX semana do Tempo Comum)

«Senhor, ensina-nos a orar.»

Na oração, as palavras servem para nos estimular e nos fazer compreender melhor o que pedimos ; não pensemos que são necessárias para informar o Senhor ou forçar a sua vontade. Quando dizemos: «Santificado seja o vosso nome», estimulamo-nos a desejar que o nome de Deus, que é sempre santo em Si mesmo, seja também honrado como santo entre os homens, e nunca desprezado; e isto não é para benefício de Deus, mas dos homens. Quando dizemos: «Venha a nós o vosso reino» – que há-de vir certamente, quer queiramos, quer não –, excitamos a nossa aspiração por aquele reino, para que ele de facto venha a nós e mereçamos reinar nele. Quando dizemos: «Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu», pedimos ao Senhor que nos dê a virtude para que se cumpra em nós a sua vontade, como os anjos a cumprem no céu. […]

Quando dizemos: «Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido», tomamos consciência do que pedimos, e do que devemos fazer para merecermos receber o perdão. […] Quando dizemos: «Livrai-nos do mal», recordamos que ainda não estamos naquele sumo bem onde já não é possível sofrer qualquer mal. E estas últimas palavras da oração dominical têm um significado tão amplo, que o cristão, seja qual for a tribulação em que se encontre, pode com elas exprimir os seus gemidos ou lamentações, dar início, continuar ou terminar a sua oração.

Tínhamos necessidades destas palavras para gravar na memória todas estas realidades. Quaisquer outras palavras que possamos usar na oração […] nada mais dizem para além do que se encontra já na oração do Senhor, se de facto oramos como convém.