sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Profecia do Dia


Sabado, dia 25 de Outubro de 2014

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum
Imaculado Coração de Maria, solenidade em Angola

S. Crispim e S. Crispiniano, mártires, séc. III, Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, religioso brasileiro, +1822

Comentário do dia
Juliana de Norwich : Converter-se e não perecer

Efésios 4,7-16.

Irmãos: A cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo.
Por isso se diz: Ao subir às alturas, levou cativos em cativeiro, deu dádivas aos homens.
Ora, este «subiu» que quer dizer, senão que também desceu às regiões inferiores da terra?
Aquele que desceu é precisamente o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, a fim de encher o universo.
E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres,
em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo,
até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo.
Assim, deixaremos de ser crianças, batidos pelas ondas e levados por qualquer vento da doutrina, ao sabor do jogo dos homens, da astúcia que maliciosamente leva ao erro;
antes, testemunhando a verdade no amor, cresceremos em tudo para aquele que é a cabeça, Cristo.
É a partir dele que o Corpo inteiro, bem ajustado e unido, por meio de toda a espécie de articulações que o sustentam, segundo uma força à medida de cada uma das partes, realiza o seu crescimento como Corpo, para se construir a si próprio no amor.


Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.

Que alegria, quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!  

Jerusalém, cidade bem construída,
harmoniosamente edificada.
Para lá sobem as tribos,  
as tribos do Senhor,

ali estão os tribunais da justiça  
os tribunais da casa de David.



Lucas 13,1-9.

Naquele tempo, vieram contar a Jesus, que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.
Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente.
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do amor divino, cap. 39

Converter-se e não perecer

O pecado é o chicote mais fustigante que pode tocar uma alma eleita. Ele quebra todos, homens e mulheres, rebaixando-os de tal modo aos seus próprios olhos que se convencem de que apenas merecem ir para o inferno até ao momento em que, tocados pelo Espírito Santo, são arrebatados pelo arrependimento e vêem a sua amargura transformar-se em esperança na misericórdia divina. Então as suas feridas começam a sarar e a sua alma a viver, voltando-se para a vida da santa Igreja. O Espírito Santo condu-los à confissão, onde confessam voluntariamente os seus pecados com toda a nudez e franqueza, com uma grande tristeza e a vergonha de terem maculado a bela imagem de Deus. Recebem a penitência por cada um dos pecados da parte do confessor, tal como foi estabelecido na santa Igreja pelo ensinamento do Espírito Santo. E esta humildade agrada muito a Deus. […]


Nosso Senhor zela por nós com muito cuidado, mesmo quando cremos estar quase abandonados e rejeitados devido aos nossos pecados, e reconhecendo que o merecemos. A humildade que assim adquirimos eleva-nos bem alto aos olhos de Deus. A graça divina faz nascer um tão grande arrependimento, compaixão e verdadeira sede de Deus, que o pecador, subitamente livre do pecado e da tristeza, é guindado até à beatitude, ao mesmo nível que os grandes santos.