segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 04 de Novembro de 2014

Terça-feira da 31ª semana do Tempo Comum
Todos os Santos (no Brasil)

S. Carlos Borromeu, bispo, +1584

Comentário do dia
Beata Teresa de Calcutá : «Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz os pobres»

Filip. 2,5-11.

Irmãos: Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus:
Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus;
no entanto, esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-se, identificado como homem,
rebaixou-se a si mesmo, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Por isso mesmo é que Deus o elevou acima de tudo e lhe concedeu o nome que está acima de todo o nome,
para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra;
e toda a língua proclame: "Jesus Cristo é o Senhor!", para glória de Deus Pai.


Salmos 22(21),26b-27.28-30a.31-32.

Cumprirei os meus votos
na presença dos teus fiéis.
Os pobres comerão e serão saciados;
louvarão o Senhor os que O procuram.
«Vivam para sempre os vossos corações.»
Hão-de lembrar-se do Senhor

e voltar-se para Ele
todos os confins da terra;
hão-de prostrar-se diante d'Ele
todos os povos e nações.
Porque do Senhor é o reino,
é Ele quem governa os povos.

Só ao Senhor hão-de adorar
todos os grandes do mundo.
Uma nova geração o servirá
e narrará aos vindouros as maravilhas do Senhor;
ao povo que vai nascer dará a conhecer a sua justiça,
contará o que Ele fez.




Lucas 14,15-24.

Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz o que comer no banquete do Reino de Deus!»
Ele respondeu-lhe: «Certo homem ia dar um grande banquete e fez muitos convites.
À hora do banquete, mandou o seu servo dizer aos convidados: 'Vinde, já está tudo pronto.'
Mas todos, unanimemente, começaram a esquivar-se. O primeiro disse: 'Comprei um terreno e preciso de ir vê-lo; peço-te que me dispenses.'
Outro disse: 'Comprei cinco juntas de bois e tenho de ir experimentá-las; peço-te que me dispenses.'
E outro disse: 'Casei-me e, por isso, não posso ir.'
O servo regressou e comunicou isto ao seu senhor. Então, o dono da casa, irritado, disse ao servo: 'Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz para aqui os pobres, os estropiados, os cegos e os coxos.'
O servo voltou e disse-lhe: Senhor, está feito o que determinaste, e ainda há lugar.'
E o senhor disse ao servo: 'Sai pelos caminhos e azinhagas e obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia.'
Pois digo-vos que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Não há maior amor»

«Sai imediatamente às praças e às ruas da cidade e traz os pobres»

O pobre não tem somente fome de pão; também tem uma terrível fome de dignidade humana. Nós temos necessidade de amor e de existir para alguém. E é aí que comentemos um erro sempre que empurramos as pessoas para baixo. Não só recusámos aos pobres um pedaço de pão, como além disso, ao considerá-los como nada, abandonando-os na rua, lhes recusamos essa dignidade que é sua, de pleno direito, enquanto filhos de Deus. Hoje em dia, o mundo não tem fome só de pão, mas também de amor; tem fome de ser desejado, de ser amado. As pessoas têm fome de sentir a presença de Cristo. Em muitos países, há de tudo em abundância, excepto essa presença, essa benevolência.


Há pobres em todos os países. Há continentes em que a pobreza é mais espiritual que material: é uma pobreza feita de solidão, de desalento, de ausência de sentido. Mas também nas ruas da Europa e da América vi pessoas na maior miséria, a dormir em caixas de papelão, vestidas de trapos. Tanto Paris como Roma e Londres conhecem essa forma de pobreza. É tão simples falar sobre os pobres que estão longe ou preocuparmo-nos com eles. É mais difícil, e quiçá um desafio maior, prestar atenção e preocuparmo-nos com o pobre que vive a dois passos da nossa casa.


O arroz, o pão que dou ao esfomeado que encontro na rua acalmar-lhe-ão a fome. Mas é muito difícil saciar a fome daquele que vive na exclusão, na falta de amor e cheio de medo. Vós, que viveis no Ocidente, muito mais que a pobreza material, conheceis a pobreza espiritual e é por isso que os vossos pobres estão entre os mais pobres. Entre os ricos, há muitas vezes pessoas espiritualmente muito pobres. A meu ver, é fácil alimentar quem tem fome ou dar dormida a um sem-abrigo. Mas consolar, apagar a amargura, a cólera e o isolamento que resultam da indigência espiritual, isso exige muito mais tempo.