sábado, 15 de novembro de 2014

Profecia do Dia


Domingo, dia 16 de Novembro de 2014

33º Domingo do Tempo Comum - Ano A
XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano A (semana I do saltério)Nossa Senhora da Saúde

Santa Gertrudes, Magna, monja, +1303, Santa Margarida, rainha da Escócia, +1093, S. José Moscati, médico, +1927

Comentário do dia
São Jerónimo : «Um homem […] chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.»

Prov. 31,10-13.19-20.30-31.

Uma mulher de valor, quem a poderá encontrar? O seu preço é muito superior ao das pérolas.
O coração do marido nela confia e jamais lhe falta coisa alguma.
Ela proporciona-lhe o bem e nunca o mal, em todos os dias da sua vida.
Ela procura lã e linho e trabalha de boa vontade com as suas mãos.
A sua mão pega na roca e os seus dedos fazem girar o fuso.
Estende os braços ao infeliz, e abre a mão ao indigente.
A graça é enganadora e a beleza é vã: a mulher que teme o Senhor, essa será louvada.
Dai-lhe do fruto das suas mãos, e que as suas obras a louvem às portas da cidade.


Salmos 128(127),1-2.3.4-5.

Felizes os que obedecem ao Senhor
e andam nos seus caminhos.
Comerás do fruto do teu próprio trabalho:
assim serás feliz e viverás contente.  

Tua esposa será como videira fecunda
na intimidade do teu lar;
os teus filhos serão como rebentos de oliveira
ao redor da tua mesa.  

Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor.
O Senhor te abençoe do monte Sião!
Possas contemplar a prosperidade de Jerusalém  
todos os dias da tua vida,




1 Tess. 5,1-6.

Irmãos: Quanto aos tempos e aos momentos, não precisais que vos escreva.
Com efeito, vós próprios sabeis perfeitamente que o Dia do Senhor chega de noite como um ladrão.
Quando disserem: «Paz e segurança», então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida, e não escaparão a isso.
Mas vós, irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.
Na verdade, todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos nem da noite nem das trevas.
Não durmamos, pois, como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios.


Mateus 25,14-30.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.
Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.
Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.
Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas.
Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.'
O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.'
Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.'
O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei.
Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.'
Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos.
Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.'»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja


«Um homem […] chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.»

Este proprietário é, sem dúvida nenhuma, Cristo. Depois da sua ressurreição, na altura de Se elevar vitoriosamente até ao Pai, chamou os apóstolos e confiou-lhes a doutrina do Evangelho, dando a uns mais, a outros menos, nunca de mais nem de menos, mas tudo segundo as forças daqueles que a recebiam. Do mesmo modo, o apóstolo Paulo diz que alimentou com leite aqueles que não podiam ainda comer alimentos sólidos (cf 1Cor 3,2). […]


Cinco, dois, um talento, a saber, as diferentes graças concedidas a cada um, ou seja: para o primeiro, os cinco sentidos, para o segundo, a inteligência da fé e das obras, para o terceiro, a razão que nos distingue das demais criaturas. «Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.» Isto é, aos sentidos físicos e materiais que recebeu, juntou o conhecimento das coisas celestes; a sua inteligência elevou-se das criaturas ao Criador, do corpóreo ao incorpóreo, do visível ao invisível, do passageiro ao eterno. «Aquele que recebeu dois ganhou outros dois.» Este também, de acordo com as suas forças, duplicou, na escola do Evangelho, o que tinha aprendido na escola da Lei. Ou também poderíamos dizer que compreendeu que a inteligência da fé e as obras da vida presente levam à felicidade futura. «Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.» Apanhado pelas obras terrenas, pelos prazeres do mundo, o mau servo negligenciou os mandamentos de Deus. No entanto, é de notar que, segundo outro evangelista, o envolveu num pano: podemos presumir desse modo que retirou todo o vigor ao ensinamento do mestre, levando uma vida de preguiça e de prazeres. […]


É com o mesmo elogio que o senhor acolhe os dois primeiros servos. […] «Entra no gozo do teu Senhor», diz-lhes, e recebe «o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor 2,9). Que recompensa maior se pode dar a um servo fiel?