sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Profecia do Dia


Sabado, dia 22 de Novembro de 2014

Sábado da 33a semana do Tempo Comum

Santa Cecília, virgem, mártir, séc. III ou IV

Comentário do dia
São Justino : «Ele não é Deus de mortos, mas de vivos»

Apoc. 11,4-12.

Foi-me dito amim, João«Eu mandarei as minhas duas testemunhas para profetizarem. São as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Senhor de toda a terra.
Se alguém quiser fazer-lhes mal, sairá fogo da sua boca para devorar os seus inimigos; deste modo, se alguém tentar fazer-lhes mal, morrerá certamente.
Eles têm o poder de fechar o céu para que a chuva não caia no tempo da sua profecia. E têm, igualmente, o poder de mudar as águas em sangue, de modo a provocar na terra toda a espécie de flagelos, sempre que o desejem fazer.
E, quando terminarem de dar testemunho, a Besta que sobe do Abismo lutará contra eles, vencê-los-á e dar-lhes-á a morte.
Os seus cadáveres ficarão na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egipto, precisamente onde o seu Senhor foi crucificado.
E, durante três dias e meio, homens de vários povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados.
Os habitantes da terra se felicitarão pela sua morte, farão festa e se presentearão mutuamente; porque eles, os dois profetas, tinham sido um tormento para a humanidade.
Mas, depois desses três dias e meio, um sopro de vida, enviado por Deus entrou neles: puseram-se de pé e um grande terror caiu sobre os que os viram.
Então, as duas testemunhas ouviram uma voz forte que vinha do céu e lhes dizia: 'Subi para aqui'. E eles subiram ao céu numa nuvem, à vista dos seus inimigos;


Salmos 144(143),1.2.9-10.

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate!
Ele é o meu auxílio e fortaleza,

o meu baluarte e o meu refúgio;
Ele é o meu escudo e o meu abrigo,
que subjuga os povos aos meus pés.
Quero cantar-te, ó Deus, um cântico novo;

cantar-te-ei salmos com a harpa de dez cordas.
Tu, que concedes aos reis a vitória,
e livras o teu servo David da espada mortal.




Lucas 20,27-40.

Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre, falaste bem.»
E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Justino (c. 100-160), filósofo, mártir
Tratado sobre a Ressurreição, 8

«Ele não é Deus de mortos, mas de vivos»

A carne é preciosa aos olhos de Deus, Ele prefere-a entre todas as suas obras; é por isso normal que a salve. […] Não seria absurdo que o que foi criado com tantos cuidados, aquilo que o Criador considera mais precioso do que o resto, regressasse ao nada?


Quando um escultor ou um pintor querem que as imagens que criaram permaneçam para servir a sua glória, restauram-nas quando se degradam. E Deus veria o seu bem, a sua obra, regressar ao nada, deixar de existir? Chamaríamos «operário do inútil» àquele que construísse uma casa para a destruir em seguida ou que a deixasse deteriorar-se quando a pode restaurar. Do mesmo modo, não acusaríamos Deus de criar a carne inutilmente? Mas não, o Imortal não é assim; Aquele que é por natureza o Espírito do universo não é insensato! […] Na verdade, Deus chama a carne a renascer e promete-lhe a vida eterna.


Pois quando se anuncia a Boa Nova da salvação do homem, anuncia-se essa Boa Nova também para a carne. Com efeito, o que é o homem senão um ser vivo dotado de inteligência, composto por uma alma e um corpo? A alma, só por si, faz o homem? Não, ela é a alma de um homem. Chama-se «homem» ao corpo? Não, diz-se que é um corpo de homem. Por isso, se nenhum destes dois elementos por si só é o homem, é à união dos dois que se chama «o homem». Ora, foi o homem que Deus chamou à vida e à ressurreição; não uma parte dele, mas o homem inteiro, ou seja, a alma e o corpo. Não seria então absurdo, uma vez que os dois existem segundo a mesma realidade e na mesma realidade, que um deles fosse salvo e o outro não?