terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 03 de Dezembro de 2014

Quarta-feira da 1a semana do Advento

S. Francisco Xavier, presbítero, +1552

Comentário do dia
Balduíno de Ford : O pão da vida eterna

Is. 25,6-10a.

Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos.
Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações;
Ele destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou.
A mão do Senhor pousará sobre este monte».


Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo

me enchem de confiança
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça

e o meu cálice transborda.
A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor

para todo o sempre.



Mateus 15,29-37.

Naquele tempo, foi Jesus para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-se.
Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os,
de modo que a multidão ficou admirada, ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver; e todos davam glória ao Deus de Israel.
Então Jesus, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho».
Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete, e alguns peixes pequenos».
Jesus ordenou então às pessoas que se sentassem no chão.
Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
O sacramento do altar, PL 204, 690

O pão da vida eterna

«Eu sou o pão da vida, diz Jesus; quem vem a Mim jamais terá fome e quem acredita em Mim jamais terá sede» (Jo 6,35). […] Ele exprime assim, por duas vezes, a saciedade eterna onde já nada falta.


No entanto, a Sabedoria diz: «Aqueles que me comem terão ainda fome e aqueles que me bebem terão ainda sede» (Sir 24,21). Cristo, que é a Sabedoria de Deus, não é um alimento para saciar o nosso desejo já no presente, mas para nos fazer desejar essa saciedade; e quanto mais provarmos a sua doçura, mais estimulado é o nosso desejo dela. É por isso que aqueles que O tomam como alimento continuarão a ter fome até alcançarem a saciedade. Mas quando o seu desejo estiver satisfeito, deixarão de ter fome e sede.


«Aqueles que me comem terão ainda fome.» Esta frase pode compreender-se também em relação ao mundo futuro, porque na saciedade eterna existe uma espécie de fome, que não provém da necessidade, mas da felicidade. Aí, a saciedade não sacia; aí, o desejo não conhece gemidos. Cristo, sempre admirável na sua beleza, também é sempre desejável, «Ele, que os próprios anjos desejam contemplar» (1Ped 1,12). Deste modo, mesmo quando O possuímos, desejamo-Lo; mesmo quando O temos, procuramo-Lo, segundo o que está escrito: «buscai sempre a sua face» (Sl 104,4). Com efeito, Ele é sempre procurado, Ele que é amado para ser possuído para sempre.