quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 30 de Janeiro de 2015

Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santa Batilde, viúva, +680, Santa Jacinta Mariscotti, v., +1640

Comentário do dia
São Gregório Magno : «Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12,24)

Heb. 10,32-39.

Irmãos: Lembrai-vos dos primeiros dias, em que, depois de terdes sido iluminados, suportastes tão grandes e dolorosos combates,
ora expostos publicamente aos insultos e tribulações, ora tornando-vos solidários com os que eram assim tratados.
De facto, compartilhastes o sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, sabendo que possuís riqueza melhor e duradoira.
Não queirais, portanto, perder a vossa confiança, que terá uma grande recompensa.
Vós tendes necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus e alcançar os bens prometidos.
Porque "ainda um pouco e bem pouco tempo, e Aquele que há-de vir não tardará".
Ora "o meu justo viverá pela fé, mas se retroceder, não agradará à minha alma".
Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição, mas daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma.


Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.

Confia no Senhor e pratica o bem,
possuirás a terra e viverás tranquilo.
Põe no Senhor as tuas delícias
e Ele satisfará os anseios do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino
e tem confiança, que Ele atuará.
Fará brilhar a tua luz como a justiça
e como o sol do meio dia os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra,
porque o Senhor o tomará pela mão.

A salvação dos justos vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n'Ele procuraram refúgio.




Marcos 4,26-34.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita".
Jesus dizia ainda: "A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra".
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre Mateus, cap. 13

«Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12,24)

«O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» (Mt 13,31) Esta pequena semente é, para nós, símbolo de Jesus Cristo que, colocado na terra, no jardim onde foi sepultado, de lá saiu pouco depois pela sua ressurreição, erguido como árvore de grande porte.


Podemos dizer que, quando Ele morreu, foi como uma pequena semente: foi uma semente pela humilhação da sua carne e uma grande árvore pela glorificação da sua majestade; uma semente quando apareceu aos nossos olhos inteiramente desfigurado e uma grande árvore quando ressuscitou como mais belo dos filhos dos homens (Sl 44,3).


Os ramos desta árvore misteriosa são os santos pregadores do Evangelho, cujo alcance é notado neste salmo: «O seu eco ressoou por toda a terra e a sua palavra até aos confins do mundo.» (Sl 19,5; cf Rom 10,18) Os pássaros descansam nos seus ramos quando as almas justas, que são elevadas dos atractivos da terra nas asas da santidade, encontram nas palavras desses pregadores do Evangelho a consolação de que precisam para as suas penas e as fadigas desta vida.