quarta-feira, 4 de março de 2015

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 05 de Março de 2015

Quinta-feira da 2ª da Quaresma

Santo Adriano, mártir, +308, S. João José da Cruz, religioso, +1737

Comentário do dia
São Gregório de Nissa : Vivamos segundo Deus

Jer. 17,5-10.

Assim fala o Senhor: «Maldito o homem que confia no homem e põe na carne a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor.
Será como o cardo na estepe, que nem percebe quando chega a felicidade; habitará na aridez do deserto, terra salobre e inóspita.
Bendito o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada à beira da água, que estende as raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos.
O coração é o que há de mais astucioso e incorrigível. Quem o pode entender?
Posso Eu, que sou o Senhor: penetro os corações, sondo os mais íntimos sentimentos, para retribuir a cada um segundo o seu caminho, conforme o fruto das suas obras».


Salmos 1,1-2.3.4.6.

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.




Lucas 16,19-31.

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias.
Um pobre chamado Lázaro jazia junto do seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava ele saciar-se com os restos caídos da mesa do rico; mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas.
Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado.
Então ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas'.
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que, se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo'.
O rico exclamou: 'Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna — pois tenho cinco irmãos,
para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento'.
Disse-lhe Abraão: 'Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam'.
Mas ele insistiu: 'Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão'.
Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos'».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
Sermão 1 sobre o amor dos pobres: PG 46, 463-466

Vivamos segundo Deus

Nós, que por cada palavra da divina Escritura somos convidados à imitação do Senhor que nos criou na sua benevolência, eis que desviamos tudo para nossa própria utilidade, medimos tudo de acordo com a nossa vantagem. Atribuímo-nos bens para a nossa própria vida e reservamos o resto para os nossos herdeiros. E não pensamos nas pessoas que estão na miséria nem nos preocupamos minimamente com os pobres. Oh corações sem misericórdia!


Um homem vê o seu próximo sem pão e sem meios para obter o alimento indispensável e, longe de se apressar a oferecer-lhe a sua ajuda para o tirar da miséria, observa-o como observaria uma planta verdejante em vias de secar por falta de água. E, no entanto, este homem possui uma riqueza imensa e seria capaz de oferecer a muitos a ajuda dos seus bens. Do mesmo modo que o débito de uma única fonte pode irrigar numerosos campos numa grande extensão, assim a opulência de uma só casa consegue salvar da miséria um grande número de pobres, a menos que a parcimónia e a avareza do homem o venha a impedir, tal como uma rocha que cai num ribeiro lhe desvia o curso.


Não vivamos unicamente segundo a carne, vivamos segundo Deus.