terça-feira, 17 de março de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 18 de Março de 2015

Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma

Santo Eduardo, rei de Inglaterra, mártir, +978, S. Cirilo de Jerusalém, bispo, Doutor da Igreja, +386

Comentário do dia
Beato John Henry Newman : «Meu Pai trabalha intensamente e Eu também trabalho em todo o tempo»

Is. 49,8-15.

Assim fala o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas;
para dizer aos prisioneiros: 'Saí para fora' e àqueles que vivem nas trevas: 'Vinde para a luz'. Hão de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem em todas as encostas.
Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles, porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às nascentes da água.
De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão niveladas.
Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de Sinim.
Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria, porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres.
Sião dizia: 'O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim'.
Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».


Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas.

O Senhor é fiel à sua palavra
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor ampara os que vacilam
e levanta todos os oprimidos.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.




João 5,17-30.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus.
Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente.
Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados.
Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer.
O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar,
para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida.
Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão.
Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo;
e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem.
Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz:
Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados.
Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d'Aquele que Me enviou».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Cristo manifestado em Memória», PPS t. 4, nº 17

«Meu Pai trabalha intensamente e Eu também trabalho em todo o tempo»

Se observarmos o comportamento do Salvador durante a sua vida mortal, vemos que ocultava propositadamente o conhecimento da sua identidade de Filho de Deus e que, no entanto, ao mesmo tempo a revelava. Aparentemente queria que a apreciássemos, mas não naquela altura – como se as suas palavras devessem permanecer válidas desde logo, mas também devessem esperar um certo tempo para serem esclarecidas; como se devessem esperar a sua vinda, que traria à luz, a um tempo, Cristo e as suas palavras. […] Ele estava entre os seus discípulos «como aquele que serve» (Lc 22,27). Aparentemente, foi só depois da sua ressurreição, e especialmente depois da sua ascensão, quando o Espírito Santo desceu, que os apóstolos entenderam quem era Aquele que tinha estado com eles. […]


Muitas vezes, tanto na Escritura como no mundo, não nos apercebemos da presença de Deus no próprio instante em que ela está em nós; só mais tarde, quando olhamos para trás, reconhecemos o que aconteceu anteriormente. […] Que providência maravilhosa, que se faz de forma tão silenciosa apesar de ser tão eficaz, tão constante, e sobretudo tão infalível! É isto que é completamente desconcertante para o poder de Satanás, que é incapaz de identificar a mão de Deus no desenrolar dos acontecimentos […]; os seus múltiplos recursos são inúteis diante do silêncio majestoso e sereno, a calma imperturbável e santa que reina na providência de Deus. […]


A mão de Deus vela constantemente pelos seus e condu-los por um caminho que eles não conhecem. Eles apenas podem crer; o que não conseguem ver agora, vê-lo-ão depois. E, por esta fé, colaboram com as intenções de Deus.