quarta-feira, 17 de junho de 2015

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 18 de Junho de 2015

Quinta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Beata Osana, religiosa, +1505, S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697

Comentário do dia
São Cipriano : «Orai assim: Pai Nosso...»

2 Cor. 11,1-11.

Irmãos: Podereis vós suportar-me um pouco de insensatez? Estou certo de que a suportareis.
Sinto por vós um ciúme semelhante ao ciúme de Deus, porque vos desposei com um só esposo, que é Cristo, a quem devo apresentar-vos como virgem pura.
Receio, porém, que, assim como Eva foi seduzida pela astúcia da serpente, os vossos pensamentos sejam corrompidos e se afastem da simplicidade para com Cristo.
De facto, se alguém vier pregar-vos outro Jesus diferente d'Aquele que vos pregámos, ou se vos oferecer um Espírito diferente d'Aquele que recebestes, ou um Evangelho diferente daquele que aceitastes, vós o suportareis muito bem.
Mas penso que em nada sou inferior a esses eminentes apóstolos.
Se eu sou inculto na arte de falar, não o sou na ciência, como sempre e em tudo vos temos claramente mostrado.
Teria eu cometido uma falta, por vos ter anunciado o Evangelho de Deus gratuitamente, rebaixando-me a mim próprio para vos exaltar?
Despojei outras Igrejas, aceitando delas sustento para vos poder servir.
E quando estive entre vós e passei necessidade, não fui pesado a ninguém, porque os irmãos que chegaram da Macedónia providenciaram para que nada me faltasse. Em tudo evitei e evitarei ser-vos pesado.
Pela verdade de Cristo de que sou portador, essa glória não me será tirada em terras da Acaia.
E porquê? Porque não vos amo? Deus bem o sabe.


Salmos 111(110),1-2.3-4.7-8.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.

A sua obra é esplendor e majestade
e a sua justiça permanece eternamente.
Instituiu um memorial das suas maravilhas;
o Senhor é misericordioso e compassivo.

Fiéis e justas são as obras das suas mãos,
imutáveis todos os seus preceitos,
irrevogáveis pelos séculos dos séculos,
estabelecidos na retidão e na verdade.




Mateus 6,7-15.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: 'Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal'.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará.
Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A Oração Dominical

«Orai assim: Pai Nosso...»

Antes de tudo, Jesus, o Doutor e Senhor da unidade, não quis que a oração fosse individual e privada, de modo que ao rezar cada um pedisse só por si. Com efeito, não dizemos: «Pai meu que estás nos céus», nem «o pão meu». Cada um não pede que as suas dívidas lhe sejam descontadas, e não é só por si próprio que pede para não cair em tentação e ser livrado do mal. Para nós, a oração é pública e comunitária; e quando rezamos, não intercedemos por um só, mas por todo o povo; porque nós, todo o povo, somos um.


O Deus da paz e o Senhor da concórdia, que ensinou a unidade, quis que um só rezasse por todos, tal como Ele próprio carregou com todos os homens. Os três jovens hebreus presos na fornalha ardente observaram esta lei da oração (cf Dan 3,15); e, depois da ascensão do Senhor, os apóstolos e os discípulos rezavam deste modo: «perseveravam unidos na oração, com as mulheres, com Maria, Mãe de Jesus, e com os seus irmãos» (Act 1,14). Num só coração, perseveravam na oração; pelo seu fervor e pelo seu amor mútuo, testemunhavam que Deus, que faz com que os homens unânimes habitem numa mesma casa (cf Sl 67,7), só admite na sua morada eterna aqueles cuja oração traduz a união das almas.