quinta-feira, 18 de junho de 2015

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 19 de Junho de 2015

Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Santa Juliana de Falconieri, religiosa, fundadora, +1341, S. Romualdo, abade, +1027

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Arrecadai tesouros no céu»

2 Cor. 11,18.21b-30.

Irmãos: Já que tantos se gloriam dos seus valores humanos, também eu me gloriarei.
Vou falar como insensato: Se há quem tenha pretensões, também eu as tenho.
São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu.
São ministros de Cristo? Falo como insensato: eu ainda mais. Mais pelos trabalhos, mais pelas prisões, muito mais pelos açoites recebidos, pelos frequentes perigos de morte.
Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta golpes menos um;
três vezes fui flagelado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei sobre o abismo uma noite e um dia.
Fiz caminhadas sem conta. Sofri perigos nos rios, perigos dos ladrões, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos dos falsos irmãos.
Suportei trabalhos e canseiras, repetidas vigílias, fome, sede, frequentes jejuns, frio e nudez.
E além do mais, a minha preocupação de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas.
Quem é fraco, sem que eu também me sinta fraco? Quem é escandalizado, sem que eu me abrase?
Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei da minha fraqueza.


Salmos 34(33),2-3.4-5.6-7.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.




Mateus 6,19-23.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam.
Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam.
Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração.
A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado.
Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 123

«Arrecadai tesouros no céu»

O que és tu? Rico ou pobre? Muitos me dizem: eu sou pobre, e dizem a verdade. Conheço pobres que possuem alguma coisa e conheço outros que são completamente indigentes. Mas eis um homem em cuja casa abunda o ouro e a prata – oh! se ele soubesse como é pobre! E reconhecê-lo-ia se olhasse para o pobre que tem a seu lado. Aliás, seja qual for a tua opulência, tu que és rico, não passas de um mendigo à porta de Deus.


Chega a hora da oração.[…] Fazes os teus pedidos a Deus; e não será o pedido uma confissão da tua pobreza? Com efeito, tu dizes: «O pão-nosso de cada dia nos dai hoje.» Diz-me pois, tu que pedes o teu pão de cada dia, és rico ou pobre? E contudo, Cristo não hesita em te dizer: «Dá-Me o que Eu te dei. De facto, que trazias tu ao vires a este mundo? Tudo o que encontraste na criação, fui Eu que o criei. Tu nada trouxeste e nada levarás contigo. Porque não Me dás o que é meu? Tu vives na abundância e o pobre passa necessidades; mas remonta ao início da vossa existência: tanto tu como ele nascestes completamente nus. Pois também tu nasceste nu. Em seguida, encontraste aqui em baixo grandes bens; mas trouxeste por acaso alguma coisa contigo? O que te peço é pois o que te dei; dá-Mo e Eu restituir-to-ei.»


«Tiveste-Me por teu benfeitor; torna-Me teu devedor, e a uma taxa elevada. […] Tu dás-Me pouco e Eu restituir-te-ei muito. Tu dás-Me os bens deste mundo e Eu dar-te-ei os tesouros do céu. Tu dás-Me riquezas temporais e Eu instalar-te-ei sobre as posses eternas. Dar-to-ei quando tiver tomado posse de ti.»