terça-feira, 20 de outubro de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 21 de Outubro de 2015

Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santa Úrsula e companheiras, virgens, mártires, séc. IV, Beato Carlos de Áustria, imperador, +1922

Comentário do dia
São Fulgêncio de Ruspas : «Servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1Cor 4,1)

Romanos 6,12-18.

Irmãos: Não reine o pecado no vosso corpo mortal, obedecendo aos seus desejos.
Não ofereçais os vossos membros como arma da injustiça ao serviço do pecado; mas oferecei-vos a Deus, como homens que revivem de entre os mortos, e oferecei os vossos membros como armas da justiça ao serviço de Deus.
E o pecado não vos dominará, porque não estais sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça.
Como, então? Havemos de pecar, porque não estamos sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça? De modo nenhum.
Não sabeis que, se vos ofereceis como escravos a alguém, para lhe obedecerdes, vos tornais escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado, que leva à morte, quer da obediência, que vos leva à justiça?
Mas dêmos graças a Deus, porque, se éreis escravos do pecado, agora vos submetestes de todo o coração à norma de doutrina que vos foi transmitida.
E assim, libertos do pecado, vos tornastes servos da justiça.


Salmos 124(123),1-3.4-6.7-8.

Se o Senhor não estivesse connosco,
que o diga Israel,
se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos,
no furor da sua ira.

As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós;
sobre nós teriam passado
as águas impetuosas.
Bendito seja o Senhor,
que não nos abandonou como presa dos seus dentes.

A nossa vida escapou como pássaro
do laço dos caçadores:
quebrou-se a armadilha
e nós ficámos livres.
A nossa proteção está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.





Lucas 12,39-48.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa.
Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem».
Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?».
O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas se aquele servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor tarda em vir'; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito ações que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Fulgêncio de Ruspas (467-532), bispo no Norte de África
Sermão I, 2-3

«Servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1Cor 4,1)

Para definir o papel dos servos que colocou à cabeça do seu povo, o Senhor diz esta palavra que o Evangelho nos transmite: «Qual é o administrador prudente e fiel que o senhor estabelecerá sobre o seu pessoal para lhe dar a seu tempo a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando voltar, encontrar procedendo assim». [...] Se nos perguntarmos que medida de trigo é esta, São Paulo responde-nos: é «a medida de fé que Deus vos repartiu» (Rom 12,3). Àquilo a que Cristo chama medida de trigo, chama Paulo medida de fé, para nos ensinar que não há outra medida de trigo espiritual senão o mistério da fé cristã. e nós damo-vos essa medida de trigo em nome do Senhor de cada vez que, iluminados pelo dom espiritual da graça, vos falamos segundo a regra da verdadeira fé. Essa medida, recebei-la vós dos administradores do Senhor sempre que ouvis da boca dos servos de Deus a palavra da verdade.


Que ela seja o nosso alimento, essa medida de trigo que Deus nos faz partilhar. Colhamos nela o sustento para a forma como nos conduzimos, a fim de obtermos a recompensa da vida eterna. Acreditemos naquele que Se dá a Si mesmo a cada um de nós para que não desfaleçamos no caminho (Mt 15,32), e que Se reserva como nossa recompensa para que encontremos alegria na pátria eterna. Acreditemos e esperemos nele; amemo-Lo acima de tudo e em tudo. Porque Cristo é o nosso alimento e será a nossa recompensa. Cristo é o sustento e o reconforto dos viajantes que caminham; é a satisfação e a exaltação dos bem-aventurados que chegam ao seu repouso.