sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Profecia do Dia


Sabado, dia 21 de Novembro de 2015

Sábado da 33a semana do Tempo Comum
Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Comentário do dia
Teodoro de Mopsuesto : Nascer para a nova criação

1 Mac. 6,1-13.

Naqueles dias, o rei Antíoco atravessava as altas províncias do seu reino, quando ouviu falar em Elimaida, cidade da Pérsia, notável pela suas riquezas, pela sua prata e pelo seu ouro.
O templo que nela havia era muito rico e lá se encontravam armaduras de ouro, couraças e armas, que Alexandre, filho de Filipe da Macedónia, o primeiro a reinar sobre os gregos, nele tinha deixado.
Antíoco dirigiu-se para lá e tentou apoderar-se da cidade para a saquear. Mas não conseguiu, porque os habitantes da cidade tomaram conhecimento da
notícia e opuseram-se-lhe à mão armada. Obrigado a fugir, retirou-se dali com enorme desgosto e regressou a Babilónia.
Estava ainda na Pérsia, quando lhe vieram anunciar que os exércitos enviados contra a terra de Judá haviam sido destroçados;
que Lísias avançara com um poderoso exército, mas tinha sido posto em fuga pelos judeus, os quais se tinham fortalecido com as armas, o equipamento e os consideráveis despojos tomados aos exércitos vencidos.
Além disso, tinham demolido a abominação que ele, Antíoco, mandara contruir sobre o altar de Jerusalém. Tinham rodeado de muralhas o santuário, como antigamente, e ainda Betsur, uma das cidades do rei.
Ao ouvir estas notícias, o rei ficou perturbado e abatido. Caiu de cama e adoeceu de tristeza, porque os projetos não lhe tinham corrido como desejava.
Ficou assim muitos dias, constantemente acabrunhado por intenso desgosto, e convenceu-se de que ia morrer.
Então mandou chamar todos os amigos e disse-lhes: «O sono afastou-se dos meus olhos e o meu coração está abatido pela inquietação.
Disse comigo mesmo: A que estado de angústia cheguei, em que forte agitação agora me encontro, eu que era feliz e estimado quando era poderoso!
Mas agora me lembro do mal que fiz a Jerusalém, quando me apoderei de todos os objetos de prata e ouro que lá se encontravam e mandei exterminar sem motivo os habitantes de Judá.
Reconheço que por causa disto me aconteceram estas desgraças e vou morrer de profunda angústia em terra estrangeira».


Salmos 9(9A),2-3.4.6.16b.19.

De todo o coração, Senhor, Vos quero louvar
e contar todas as vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós,
quero cantar o vosso nome, ó Altíssimo.

Quando batiam em retirada os meus inimigos,
vacilavam e pereciam diante de Vós.
Ameaçastes os pagãos, destruístes os ímpios,
apagastes o seu nome para sempre.

Os pagãos caíram no fosso que fizeram;  
os seus pés ficaram presos na rede que esconderam.
Mas o pobre jamais será esquecido,
não será iludida a esperança dos humildes.




Lucas 20,27-40.

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição
– e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: 'Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão'.
Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos.
O segundo e depois
o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos.
Por fim, morreu também a mulher.
De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?».
Disse-lhes Jesus: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento.
Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento.
Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor 'o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob'.
Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos».
Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem, Mestre».
E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Teodoro de Mopsuesto (?-428), bispo, teólogo
Comentários sobre S. João, livro 2

Nascer para a nova criação

«Baptizados em Jesus Cristo, foi na sua morte que todos fomos baptizados: fomos sepultados com Ele no baptismo da morte a fim de que, tal como Cristo ressuscitou dos mortos para glória do Pai, assim também nós vivamos numa vida nova. Se, por uma morte semelhante à dele, nos tornámos um só com Ele, sê-lo-emos também por uma ressurreição semelhante à sua» (Rom 6,3-5). S. Paulo mostra-nos assim claramente que o nosso novo nascimento pelo baptismo é o símbolo da nossa ressurreição após a morte. Esta realizar-se-á para nós pelo poder do Espírito, segundo esta palavra: «O que é semeado na terra morre, o que ressuscita é imortal; o que é semeado já não tem valor, o que ressuscita está cheio de glória; o que é semeado é fraco, o que ressuscita é poderoso; o que é semeado é um corpo humano, o que ressuscita é um corpo espiritual» (1Cor 15,42s). O que significa: da mesma forma que, aqui na terra, o nosso corpo goza de uma vida visível enquanto a alma está presente, de igual forma receberá a vida eterna e incorruptível pelo poder do Espírito.

      

Também assim é no que se refere ao nascimento que nos é dado pelo baptismo e que é o símbolo da nossa ressurreição: recebemos nele a graça pelo mesmo Espírito, mas com limites e à maneira de um penhor. Recebê-la-emos em plenitude quando ressuscitarmos realmente e quando a incorruptibilidade nos for efectivamente comunicada. Por isso, quando fala da vida futura, o apóstolo Paulo confirma os seus leitores com estas palavras: «Não só a criação, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos esperando a redenção do nosso corpo» (Rom 8,23). Porque, se recebemos desde já as primícias da graça, esperamos acolhê-la em plenitude quando nos for dada a felicidade da ressurreição.