terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 09 de Dezembro de 2015

Quarta-feira da 2a semana do Advento

S. João Diogo, indígena mexicano, vidente de Guadalupe, séc. XVI, Beato Bernardo Maria Silvestrelli, presbítero, +1911, Santa Leocádia, virgem, mártir, +304

Comentário do dia
São Beda: «Tomai sobre vós o meu jugo [...], e encontrareis repouso»

Is. 40,25-31.

«A quem Me comparareis que seja semelhante a Mim? — diz o Deus Santo.
Erguei os olhos para o alto e olhai. Quem criou estas estrelas? Aquele que as conta e as faz marchar como um exército e as chama a todas pelos seus nomes. Tal é a sua força e tão grande é o seu poder, que nenhuma falta à chamada.
Jacob, porque dizes; Israel, porque afirmas: 'O meu destino está oculto ao Senhor e a minha causa passa despercebida ao meu Deus'? Não o sabes, não o ouvistes dizer?
O Senhor é um Deus eterno, criador da terra até aos seus confins. Ele não Se cansa nem Se fatiga e a sua inteligência é insondável.
Dá força ao que anda exausto e vigor ao que anda enfraquecido.
Os jovens cansam-se e fatigam-se e os adultos tropeçam e vacilam.
Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, formam asas como as águias. Correm sem se fatigarem, caminham sem se cansarem».


Salmos 103(102),1-2.3-4.8.10.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.




Mateus 11,28-30.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Homilia 12 para a vigília de Pentecostes

«Tomai sobre vós o meu jugo [...], e encontrareis repouso»

O Espírito Santo dará aos justos a paz perfeita na eternidade. Mas, já agora, dá-lhes uma enorme paz quando incendeia o seu coração com o fogo celeste da caridade. O apóstolo Paulo diz, com efeito: «A esperança não engana, pois o amor de Cristo foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rom 5,5). A verdadeira e mesmo a única paz das almas neste mundo consiste em estarmos repletos do amor divino e animados com a esperança do céu, a ponto de considerarmos de pouca importância os sucessos e as tribulações deste mundo; em nos despojarmos completamente dos desejos e das cobiças deste mundo; e em nos regozijarmos com as injúrias e perseguições sofridas por causa de Cristo, de tal forma que possamos dizer com o apóstolo Paulo: «Estamos firmes na esperança da glória de Deus. E não só. Estamos firmes nas tribulações» (Rom 5,2).

Engana-se aquele que imagina encontrar a paz no gozo dos bens deste mundo e nas riquezas. As frequentes provações cá de baixo e o próprio fim deste mundo deveriam convencer esse homem de que assentou os fundamentos da sua paz na areia (Mt 7,26). Pelo contrário, todos aqueles que, tocados pelo sopro do Espírito Santo, tomaram sobre si o jugo do amor de Deus e, seguindo o exemplo de Cristo, aprenderam a ser mansos e humildes de coração, gozam desde já de uma paz que é a imagem do repouso eterno.







Ano da Misericórdia

Prezados leitores

A 8 de dezembro de 1965, o Concílio Ecuménico Vaticano II acabava os seus trabalhos. Por ocasião do encerramento, o Beato Paulo VI dizia: «Uma corrente de afeto e de admiração transbordou do Concílio sobre o mundo humano moderno. Foram denunciados erros. Sim, porque essa é a exigência da caridade, bem como da verdade, mas, no que toca às pessoas, houve apenas consideração, respeito e amor. Em vez de diagnósticos deprimentes, houve remédios encorajantes; em vez de presságios funestos, foram enviadas mensagens de confiança do Concílio para o mundo contemporâneo: os seus valores foram não só respeitados, mas honrados; os seus esforços apoiados, as suas aspirações purificadas e abençoadas… e toda esta riqueza doutrinal só teve um objetivo: servir o homem.»

50 anos mais tarde, o Papa Francisco, com a sua visão sobre o mundo atual e os seus problemas, proclama um Ano Jubilar da Misericórdia. Propõe-nos que acolhamos o amor misericordioso do nosso Deus e que vivamos a misericórdia, que ele considera «a trave mestra da vida da Igreja». E convida cada cristão a ser Misericordioso como o Pai. Aliás, o Papa inspira-se na palavra de Jesus que S. Lucas nos transmite: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36).

Ao longo deste ano litúrgico que começou, somos precisamente conduzidos nas celebrações de cada domingo pelo evangelista Lucas, aquele que nos mostra de uma maneira mais original a misericórdia nas palavras e nos atos de Jesus, o «rosto da misericórdia de Deus».

Desejemo-nos, pois, uns aos outros, que vivamos o Ano Jubilar animados por este espírito, na esperança e na alegria.

 

A equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa