quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 27 de Outubro de 2016

Quinta-feira da 30ª semana do Tempo Comum

Santos Vicente, Sabina e Cristeta, irmãos, mártires, +303, S. Gonçalo de Lagos, presbítero, +1422

Comentário do dia
Jean Tauler : «Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes»

Efésios 6,10-20.

Irmãos: Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos da armadura de Deus, para poderdes resistir às ciladas do demónio.
Porque nós não temos de lutar contra adversários de carne e osso, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal que habitam as regiões celestes.
Portanto, irmãos, tomai a armadura de Deus, para poderdes resistir no dia mau e perseverar firmes,
superando todas as provas. Permanecei bem firmes, de rins cingidos com o cinturão da verdade, revestidos com a couraça da justiça,
de pés calçados com o zelo de anunciar o Evangelho da paz.
Tende sempre nas mãos o escudo da fé, com o qual podereis apagar as setas inflamadas do Maligno.
Tomai o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
Orai em todo o tempo, movidos pelo Espírito Santo, com toda a espécie de orações e súplicas. Perseverai nas vossas vigílias, com preces por todos os cristãos.
Orai também por mim, para que, ao falar, me seja concedida a palavra, a fim de anunciar com firmeza o mistério do Evangelho,
do qual sou embaixador nas minhas algemas. Possa eu de facto anunciá-lo com firmeza, como é meu dever.


Salmos 144(143),1.2.9-10.

Bendito seja o Senhor,
o rochedo do meu refúgio,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate.

O Senhor é meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador.
Ele é meu escudo e meu abrigo
e submete os povos ao meu poder.

Hei de cantar-Vos, meu Deus, um cântico novo,
hei de celebrar-Vos ao som da harpa,
a Vós que dais aos reis a vitória
e salvastes David, vosso servo.




Lucas 13,31-35.

Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te».
Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim.
Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém.
Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes.
Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: 'Bendito o que vem em nome do Senhor!'».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 21, 4.º para a Ascensão

«Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes»

Jerusalém era uma cidade de paz, e foi também uma cidade de tormento, pois foi aí que Jesus sofreu imensamente e morreu muito dolorosamente. É nesta cidade que devemos ser suas testemunhas, e não só em palavras mas em verdade, através da nossa vida, imitando-O tanto quanto possamos. Muitos homens seriam de boa vontade testemunhas de Deus na paz, na condição de tudo correr a seu jeito. De boa vontade seriam santos, na condição de nada acharem de amargo nos exercícios e no trabalho da santidade. Gostariam de saborear, desejar e conhecer as doçuras divinas, sem terem de passar por qualquer contrariedade, pena ou desolação. Mas quando lhes surgem fortes tentações, trevas, quando já não têm o sentimento e a consciência de Deus, quando se sentem abatidos interior e exteriormente, revoltam-se e não são, como tal, verdadeiras testemunhas.

Todos os homens buscam a paz. Por todo o lado, nas suas obras e de todas as maneiras, procuram a paz. Ah! Pudéssemos nós libertar-nos dessa busca e procurar, por nossa vez, a paz nos tormentos. Pois só aí nasce a verdadeira paz, aquela que permanece e dura. [...] Procuremos a paz na angústia, a alegria na tristeza, a simplicidade na multiplicidade, a consolação na contrariedade: assim nos tornaremos verdadeiras testemunhas de Deus.







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