sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Profecia do Dia


Sabado, dia 09 de Janeiro de 2016

Sábado do Tempo Natal depois da Epifania.

Santo André Corsini, bispo, +1374, Santo Adriano de Cantuária, abade, +710

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Ele é que deve crescer e eu diminuir.»

1 João 5,14-21.

Caríssimos: «Esta é a plena confiança que temos em Deus: se Lhe pedimos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele ouve-nos.
E, dado que sabemos que nos vai ouvir em tudo o que lhe pedirmos, estamos seguros de que obteremos o que lhe pedimos.
Se alguém vir que o seu irmão comete um pecado que não leva à morte, peça, e dar-lhe-á vida. Não me refiro aos que cometem um pecado que não leva à morte; é que existe um pecado que conduz à morte; por esse pecado não digo que se reze.
Toda a iniquidade é pecado, mas há pecados que não conduzem à morte.
Nós bem sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca, mas o Filho de Deus o guarda, e o Maligno não o apanha.
E bem sabemos que somos de Deus, ao passo que o mundo inteiro está sob o poder do Maligno.
Bem sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro; e nós estamos no Verdadeiro, no seu Filho, Jesus Cristo. Este é o Verdadeiro, é Deus e é vida eterna.
Meus filhinhos, guardai-vos dos ídolos.


Salmos 149(148),1-2.3-4.5.6a.9b.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei.

Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória.

Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis.




João 3,22-30.

Naquele tempo, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava.
Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada.
João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão.
Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação.
Foram ter com João e disseram-lhe: «Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.»
João declarou: «Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu.
Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: 'Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.'
O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa!
Ele é que deve crescer, e eu diminuir.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
2.º Sermão para a Natividade de João Baptista, n.º 288, 2; PL 38-39, 1302-1304

«Ele é que deve crescer e eu diminuir.»

Antes de João Baptista, houve profetas santos em grande número, homens dignos de Deus, cheios do seu Espírito, que anunciavam o advento do Senhor e que testemunhavam a verdade. Porém, não se disse deles o que se disse de João Baptista: «Entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista» (Mt 11,11). Porquê então esta grandeza, enviada antes daquele que é a própria grandeza? Para testemunhar a profunda humildade do precursor.

Ele era tão grande, que o poderiam ter confundido com Cristo. Nada mais fácil [...] porque, sem que ele o dissesse, era o que pensavam aqueles que o ouviam e o viam. [...] Mas este humilde amigo do esposo, zelando pela honra do esposo, não pretende tomar o seu lugar como um adúltero. Ele dá testemunho do seu amigo, recomenda à esposa o verdadeiro esposo e tem horror a ser amado em seu lugar, porque apenas quer ser amado nele: «O amigo do esposo, que está a seu lado e o escuta, sente grande alegria com a voz do esposo.»

O discípulo escuta o mestre; permanece de pé porque o escuta, pois se se recusasse a ouvi-lo a sua queda era certa. O que se destaca a nossos olhos da grandeza de João é que ele podia ser tomado por Cristo e, no entanto, preferiu dar testemunho de Jesus Cristo, proclamar a sua grandeza e humilhar-se, a passar pelo Messias e enganar-se a si próprio, enganando os outros. É, pois, com toda a justiça que Jesus diz que ele era mais do que um profeta. […] João humilhou-se perante a grandeza do Senhor, para merecer que a sua humildade fosse levantada por esta grandeza. […] «Eu não sou digno», diz, «de Lhe desatar as correias das sandálias» (Mc 1,7)