sábado, 16 de abril de 2016

Profecia do Dia


Domingo, dia 17 de Abril de 2016

4º Domingo da Páscoa - Ano C
Quarto Domingo do Tempo Pascal (semana IV do saltério)

Santa Catarina Tekakwitha, índia, mártir, +1680, Beata Maria Ana de Jesus, virgem, +1624

Comentário do dia
São Gregório Magno : «Dou-lhes a vida eterna»

Actos 13,14.43-52.

Naqueles dias, Paulo e Barnabé seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Terminada a reunião da sinagoga, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, que nas suas conversas com eles os exortavam a perseverar na graça de Deus.
No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra do Senhor.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: 'Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra'».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé,
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Salmos 100(99),2.3.5.

Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo.

Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.

O Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração.




Apoc. 7,9.14b-17.

Eu, João, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer: «Estes são os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus, servindo-O dia e noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda.
Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles.
O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos».


João 10,27-30.

Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.
Eu e o Pai somos um só».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 14 sobre o Evangelho

«Dou-lhes a vida eterna»

Aquele que é bom, não por um dom recebido mas por natureza, diz-nos: «Eu sou o bom Pastor.» E continua, para que imitemos o modelo de bondade que nos deixou: «O bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas» (Jo 10.11). No seu caso, Ele realizou o que tinha ensinado; mostrou o que tinha ordenado. Bom Pastor, deu a vida pelas suas ovelhas, para mudar o seu corpo e sangue em nosso sacramento, e saciar com o alimento da sua carne as ovelhas que tinha resgatado. Mostrou-nos o caminho a seguir, desprezando a morte. Eis diante de nós o modelo a que temos de nos conformar: em primeiro lugar, gastar-nos exteriormente com ternura pelas suas ovelhas; em seguida, se for necessário, oferecer-lhes a nossa morte.

Ele acrescenta: «Eu conheço - quer dizer, amo - as minhas ovelhas e elas conhecem-Me.» É como se dissesse, agora de uma forma mais clara: «Quem Me ama, siga-Me!», porque quem não ama a verdade é porque ainda a não conhece. Vede, irmãos caríssimos, se sois verdadeiramente as ovelhas do bom Pastor, vede se O conheceis, vede se vos apropriais da luz da verdade. Não falo da apropriação pela fé, mas pelo amor; vede se vos apropriais, não pela vossa fé, mas pelo vosso comportamento. Porque o mesmo evangelista João, que nos transmitiu esta palavra, afirma ainda: «Quem diz que conhece Deus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso» (1Jo 2,4). Por isso, Jesus acrescenta: «Assim como o Pai Me conhece, Eu conheço o Pai, e dou a vida pelas minhas ovelhas», o que equivale a dizer claramente: o facto de Eu conhecer o meu Pai e ser conhecido por Ele consiste em que Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Por outras palavras: este amor que me leva a morrer pelas minhas ovelhas mostra até que ponto amo o Pai.