sexta-feira, 22 de abril de 2016

Profecia do Dia


Sabado, dia 23 de Abril de 2016

Sábado da 4ª semana da Páscoa

S. Jorge, mártir, +303, Santo Adalberto de Praga, bispo, mártir, +997

Comentário do dia
Orígenes : «Tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.»

Actos 13,44-52.

No segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias.
Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios,
pois assim nos mandou o Senhor: 'Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra'».
Ao ouvirem estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé,
e a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região.
Mas os judeus, instigando algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.

Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.




João 14,7-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: 'Mostra-nos o Pai'?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
A Oração, 31

«Tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.»

Parece-me que quem se dispõe a orar deverá recolher-se e procurar preparar-se, para conseguir estar mais atento e concentrado durante a oração. Deve também afastar do seu pensamento a ansiedade e a perturbação, e esforçar-se por recordar a grandeza de Deus, de quem se aproxima, considerando que será ímpio apresentar-se na sua presença sem a necessária atenção, sem algum esforço, mas com uma espécie de ligeireza; deve, enfim, rejeitar pensamentos excêntricos.

Ao começar a oração, devemos, digamos assim, apresentar a alma antes das mãos, erguer a Deus o espírito antes dos olhos, libertar o espírito da terra antes de o elevarmos para o oferecer ao Senhor do universo, enfim, depor quaisquer ressentimentos por ofensas que creiamos ter sofrido, se de facto desejamos que Deus esqueça o mal que cometemos contra Ele, contra os nossos semelhantes, ou contra a boa razão.

Dado que podem ser muitas as atitudes do corpo, o gesto de erguer as mãos e os olhos aos céus deve claramente ser preferido a todos os outros, para assim exprimirmos no corpo a imagem das disposições da alma durante a oração [...], mas as circunstâncias podem por vezes levar-nos a rezar sentados [...] ou mesmo deitados [...]. Por seu turno, a oração de joelhos torna-se necessária sempre que acusamos os nossos pecados diante de Deus, e Lhe suplicamos que deles nos cure e nos absolva. Essa atitude é o símbolo da humilhação e da submissão de que fala Paulo, quando escreve: «É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a paternidade nos céus e na terra» (Ef 3,14-15). Trata-se da genuflexão espiritual, assim chamada porque todas as criaturas adoram a Deus no nome de Jesus a Ele se submetem humildemente. O apóstolo Paulo parece fazer uma alusão a isso quando diz: «Para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra» (Fil 2,10).