terça-feira, 10 de maio de 2016

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 11 de Maio de 2016

Quarta-feira da 7ª semana da Páscoa

Santa Maria Bertilla Boscardin, religiosa enfermeira, +1922, Santo Hugo de Cluny, abade, +1109

Comentário do dia
Santo Agostinho : «E digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.»

Actos 20,28-38.

Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho.
Eu sei que, depois da minha partida, se hão-de introduzir entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho.
De entre vós mesmos se hão-de erguer homens com palavras perversas, para arrastarem os discípulos atrás de si.
Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos que, durante três anos, noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós.
Agora entrego-vos a Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder de construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados.
Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém.
Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros.
Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais fracos; e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus: 'Há mais felicidade em dar do que em receber'».
Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles.
Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo,
consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.


Salmos 68(67),29-30.33-35a.35b-36c.

Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes.

Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa.

Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus.




João 17,11b-19.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós.
Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura.
Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.
Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo.
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo.
Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo.
Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermões sobre S. João, n.º 107

«E digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.»

Tendo dito a seu Pai: «Doravante, já não estou neste mundo [...]; vou para Ti» (Jo 17,11), Nosso Senhor recomenda a seu Pai aqueles que iam ficar privados da sua presença física: «Pai santo, Tu que a Mim Te deste, guarda-os em Ti.» Enquanto homem, Jesus pede a Deus pelos discípulos que recebeu de Deus. Mas prestemos atenção às palavras que diz a seguir: «Para serem um, como Nós somos um.» Reparemos que Ele não diz: «Para que, connosco, sejam um»; nem: «Para que sejamos, Nós e eles, uma só coisa, como Nós somos um»; mas diz: «Para serem um, como Nós somos um»: que eles sejam um na sua natureza, como Nós somos um na nossa. Estas palavras, para serem verdadeiras, exigem que Jesus tenha a mesma natureza divina que seu Pai, como diz noutro passo: «Eu e o Pai somos um» (Jo 10,30). Na sua natureza humana, Ele tinha dito: «O Pai é mais do que Eu». (Jo 14,28); mas, como nele Deus e o homem são apenas uma e a mesma pessoa, compreendemos que Ele é homem porque reza, e compreendemos que é Deus porque é um com Aquele a quem reza [...].

«Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria.» Ele ainda não tinha deixado o mundo, ainda aqui estava; mas, como ia deixá-lo em breve, era como se já aqui não estivesse. Mas que alegria era essa, cuja plenitude Ele queria que os discípulos tivessem? Já antes o explicou, quando disse: «Para serem um, como Nós somos um.» Esta alegria, que é a sua e que Ele lhes deu, havia de se cumprir integralmente; é por isso que Ele fala dela «no mundo». Essa alegria é a paz e a bondade do mundo que há-de vir; para a obtermos, temos de viver neste mundo com moderação, justiça e piedade.