sexta-feira, 24 de junho de 2016

Profecia do Dia


Sabado, dia 25 de Junho de 2016

Sábado da 12ª semana do Tempo Comum

S. Máximo, bispo de Turim, +séc. V, S. Guilherme de Vercelli, monge, fundador, +1142

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças.»

Lament. 2,2.10-14.18-19.

O Senhor destruiu sem piedade todas as moradas de Jacob; demoliu, no ardor da sua ira, as fortalezas da filha de Judá; lançou por terra, desonrados, o reino e os seus príncipes.
Estão sentados por terra, silenciosos, os anciãos da filha de Sião; deitam cinza sobre a cabeça e vestem-se de luto. Curvam a cabeça para o chão as virgens de Jerusalém.
As lágrimas consomem os meus olhos, fervem-me de angústia as entranhas, a minha bílis derrama-se pelo chão, por causa da ruína da filha do meu povo, enquanto os meninos e as crianças de peito desfalecem nas praças da cidade.
Perguntam às suas mães: «Onde há pão e vinho?» E desmaiam, feridos de morte, pelas ruas da cidade, soltando o último suspiro ao colo das mães.
A quem hei-de comparar-te, a quem te igualarei, ó filha de Jerusalém? A quem te compararei para consolar-te, ó virgem, filha de Sião? A tua ruína é imensa como o mar: quem poderá curar-te?
Os teus profetas só te anunciam visões falsas e mentirosas. Nunca te revelaram os teus pecados, para mudar o teu destino; eles só te anunciaram visões falsas e sedutoras.
Clama de todo o coração ao Senhor, muralha da filha de Sião. Derrama rios de lágrimas, dia e noite. Nem um momento cessem as lágrimas dos teus olhos.
Ergue-te e clama de noite, no começo de cada vigília. Derrama o teu coração como água na presença do Senhor. Levanta para Ele as tuas mãos, pela vida dos teus filhos, prostrados pela fome aos cantos de todas as ruas.


Salmos 74(73),1-2.3-5a.5b-7.20-21.

Porque nos rejeitais para sempre, Senhor,
e se inflama a vossa ira
contra as ovelhas do vosso rebanho?
Lembrai-Vos do vosso povo que adquiristes outrora,
da tribo que resgatastes para vossa herança,
do monte Sião onde habitais.

Dirigi os vossos passos para estas ruínas eternas:
o inimigo tudo destruiu no santuário.
Os adversários rugiram no local das vossas assembleias, desfraldaram seus estandartes em sinal de vitória.
Como homens a brandir o machado
numa espessa floresta,
rebentaram as portas a golpes de machado e martelo.

Deitaram fogo ao vosso santuário,
profanaram e arrasaram a morada do vosso nome.
Olhai para a vossa aliança e vede:
os recantos do país são antros de violência.
Não sejam os humildes confundidos,
possam o pobre e o indigente louvar o vosso nome.




Mateus 8,5-17.

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d'Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente».
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado.
Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um 'Vai!' e ele vai; a outro 'Vem!' e ele vem; e ao meu servo 'Faz isto!' e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé.
Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus,
ao passo que os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes».
Depois Jesus disse ao centurião: «Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste». E naquela hora, o servo ficou curado.
Quando Jesus entrou na casa de Pedro, viu que a sogra dele estava de cama com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a; ela então levantou-se e começou a servi-los.
Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos. Jesus expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes.
Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo: «Tomou sobre si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Mensagem aos pobres, aos doentes, a todos os que sofrem

«Tomou sobre Si as nossas enfermidades e suportou as nossas doenças.»

Para vós todos, irmãos que suportais provações, visitados pelo sofrimento sob infinitas formas, o Concílio tem uma mensagem muito especial. O Concílio sente fixados sobre ele os vossos olhos implorantes, brilhantes de febre ou abatidos pela fadiga, olhares interrogadores, que perguntam ansiosamente quando e de onde virá a consolação. Irmãos muito amados, sentimos repercutir profundamente nos nossos corações de pais e pastores os vossos gemidos e a vossa dor. E a nossa própria dor aumenta ao pensar que não está no nosso poder trazer-vos a saúde corporal nem a diminuição das vossas dores físicas, que médicos, enfermeiros e todos os que se consagram aos doentes se esforçam por minorar com a melhor das vontades.

Mas nós temos algo de mais profundo e de mais precioso para vos dar, a única verdade capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Cristo, Filho de Deus, pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação. Cristo não suprimiu o sofrimento; não quis sequer desvendar inteiramente o seu mistério: tomou-o sobre Si, e isto basta para nós compreendermos todo o seu preço.

Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz, vós que sois pobres e abandonados, vós que chorais, vós que sois perseguidos por amor da justiça, vós de quem não se fala, vós, os desconhecidos da dor, tende coragem: vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quereis, vós salvais o mundo. Eis a ciência cristã do sofrimento, a única que dá a paz. Sabei que não estais sós, nem separados, nem abandonados, nem sois inúteis: vós sois os chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente.