domingo, 17 de julho de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 17 de Julho de 2016

16º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

Beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires, +1570, Beato Nicolau Dinis, mártir, +1570, Beato Bento de Castro, mártir, +1570

Comentário do dia
São Bernardo : Marta e Maria

Gén. 18,1-10a.

Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto do Carvalho de Mambré. Abraão estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia.
Ergueu os olhos e viu três homens de pé diante dele. Logo que os viu, deixou a entrada da tenda e correu ao seu encontro; prostrou-se por terra
e disse: «Meu Senhor, se agradei aos vossos olhos, não passeis adiante sem parar em casa do vosso servo.
Mandarei vir água, para que possais lavar os pés e descansar debaixo desta árvore.
Vou buscar um bocado de pão, para restaurardes as forças antes de continuardes o vosso caminho, pois não foi em vão que passastes diante da casa do vosso servo». Eles responderam: «Faz como disseste».
Abraão apressou-se a ir à tenda onde estava Sara e disse-lhe: «Toma depressa três medidas de flor da farinha, amassa-a e coze uns pães no borralho».
Abraão correu ao rebanho e escolheu um vitelo tenro e bom e entregou-o a um servo que se apressou a prepará-lo.
Trouxe manteiga e leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles; e, enquanto comiam, ficou de pé junto deles debaixo da árvore.
Depois eles disseram-lhe: «Onde está Sara, tua esposa?». Abraão respondeu: «Está ali na tenda».
E um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa daqui a um ano, e então Sara, tua esposa, terá um filho».


Salmos 15(14),2-3.3-4.5.

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
o que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante

o que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante

e não empresta dinheiro com usura,

nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado.



Coloss. 1,24-28.

Irmãos: Agora alegro-me com os sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja.
Dela me tornei ministro, em virtude do cargo que Deus me confiou a vosso respeito, isto é, anunciar-vos em plenitude a palavra de Deus,
o mistério que ficou oculto ao longo dos séculos e que foi agora manifestado aos seus santos.
Deus quis dar-lhes a conhecer em que consiste, entre os gentios, a glória inestimável deste mistério: Cristo no meio de vós, esperança da glória.
E nós O anunciamos, advertindo todos os homens e instruindo-os em toda a sabedoria, a fim de os apresentarmos todos perfeitos em Cristo.


Lucas 10,38-42.

Naquele tempo, Jesus entrou em certa povoação, e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria, que, sentada aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço. Interveio então e disse: «Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
3.º Sermão sobre a Assunção

Marta e Maria

Quem melhor do que os que estão encarregados de uma comunidade merece que se lhes apliquem estas palavras: «Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»? Quem são os que se inquietam com muitas coisas, senão aqueles a quem incumbe cuidar de Maria, a contemplativa, de seu irmão Lázaro, e de muitos outros? Marta inquieta e preocupada com mil assuntos é o apóstolo, que tem o «cuidado de todas as igrejas» (2Cor 11,28), que vela para que os pastores cuidem das suas ovelhas: «Quem é fraco, sem que eu também o seja? Quem tropeça, que eu não me consuma com febre?» (29). Que Marta receba, pois, o Senhor em sua casa, dado que lhe foi confiado o cuidado do lar. […] Que os que partilham as suas tarefas recebam igualmente o Senhor, cada um segundo o seu ministério particular; que acolham a Cristo e O sirvam, e que O assistam nos seus membros, os doentes, os pobres, os viajantes e os peregrinos.

Enquanto eles realizam estas atividades, que Maria permaneça em repouso, que conheça «como é bom o Senhor» (Sl 33,9). Que tenha o cuidado de se deitar aos pés de Jesus, com o coração cheio de amor e a alma em paz, sem dele desviar os olhos, atenta a todas as suas palavras, admirando o seu belo rosto e a sua linguagem. «És o mais belo entre os filhos do homem; em teus lábios se derramou a graça» (Sl 44,3), mais belo ainda do que os anjos na sua glória. Conhece a tua alegria e dá graças, Maria, tu que escolheste a melhor parte. Felizes os olhos que veem o que tu vês e os ouvidos que merecem ouvir o que tu ouves! (Mt 13,16) Como és feliz, sobretudo por ouvir bater o coração de Deus, nesse silêncio onde convém ao homem esperar o seu Senhor!