quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 18 de Agosto de 2016

Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

Santa Helena, mãe do imperador Constantino, +328, Santo Alberto Hurtado Cruchaga, presbítero, +1952, Beata Vitória Rasoamanarivo, +1894

Comentário do dia
São Tiago de Sarug : «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. »

Ezeq. 36,23-28.

Eis o que diz o Senhor: «Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne.
Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».


Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão de voltar para Vós.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.




Mateus 22,1-14.

Naquele tempo, Jesus dirigiu-Se de novo aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo e, falando em parábolas,
disse-lhes: «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho.
Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram vir.
Mandou ainda outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: Preparei o meu banquete, os bois e cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas'.
Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.
O rei ficou muito indignado e enviou os seus exércitos, que acabaram com aqueles assassinos e incendiaram a cidade.
Disse então aos servos: 'O banquete está pronto, mas os convidados não eram dignos.
Ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas todos os que encontrardes'.
Então os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala do banquete encheu-se de convidados.
O rei, quando entrou para ver os convidados, viu um homem que não estava vestido com o traje nupcial
e disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?'. Mas ele ficou calado.
O rei disse então aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o às trevas exteriores; aí haverá choro e ranger de dentes'.
Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Tiago de Sarug (c. 449-521), monge e bispo sírio
Homilia sobre o véu de Moisés

«O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. »

Nos seus desígnios misteriosos, o Pai tinha preparado uma esposa para o seu Filho único e tinha-Lha apresentado sob as imagens da profecia. [...] Moisés escreveu no seu livro que «o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne» (Gn 2,24). O profeta Moisés falou-nos nesses termos do homem e da mulher para anunciar Cristo e a sua Igreja. Com o olhar agudo do profeta, ele viu Cristo unir-Se à Igreja, graças ao mistério da água: viu Cristo atrair a Igreja a Si desde o seio virginal, e a Igreja atrair Cristo a si na água do batismo. O Esposo e a Esposa ficaram assim inteiramente unidos duma maneira mística; foi por isso que Moisés, com a face velada (Ex 34,33), contemplou Cristo e a Igreja: a um chamou «homem» à outra «mulher», para evitar mostrar aos hebreus a realidade em toda a sua clareza. [...] O véu ainda cobriria esse mistério durante algum tempo: ninguém conhecia o significado dessa grande imagem; ignorava-se o que ela representava.

Depois da celebração das núpcias, veio Paulo. Viu o véu que cobria todo esse esplendor, e levantou-o, para revelar Cristo e sua Esposa ao mundo, mostrando que era mesmo a eles que Moisés tinha descrito na sua visão profética. Exultando de divina alegria, o apóstolo proclamou: «Grande é este mistério» (Ef 5,32), e revelou o que representava essa imagem velada a que o profeta chamava homem e mulher: «Eu interpreto-o como sendo Cristo e a Igreja; [...] serão os dois uma só carne» (cf Ef 5,31).