segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 05 de Setembro de 2016

Segunda-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Beata Teresa de Calcutá, religiosa, +1997

Comentário do dia
Santo Aelredo de Rievaulx : Entrar na verdadeira paz do sábado

1 Cor. 5,1-8.

Irmãos: Ouve-se dizer por toda a parte que existe entre vós um caso de imoralidade, e uma imoralidade como não se encontra nem mesmo entre os pagãos: um de vós vive com a mulher de seu pai.
E continuais cheios de orgulho, em vez de andardes de luto, a fim de que seja retirado do meio de vós o autor de tal acção.
Quanto a mim, ausente de corpo mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim procedeu:
em nome do Senhor Jesus e com o seu poder, por ocasião de uma assembleia onde eu estarei presente em espírito, que
tal homem seja entregue a Satanás para mortificação da sua carne, a fim de que o seu espírito seja salvo no Dia do Senhor.
Não é digno o vosso motivo de orgulho! Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, já que sois pães ázimos. Pois Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade.


Salmos 5,5-6.7.12.

Vós não sois um Deus que se agrade do mal,
o perverso não tem aceitação junto de Vós,
nem os ímpios suportam o vosso olhar.

Vós detestais todos os malfeitores
e exterminais os que dizem mentiras:
o Senhor abomina os sanguinários e fraudulentos.

Mas alegrem-se e rejubilem para sempre
os que em Vós confiam.
Vós protegeis e alegrais os que amam o vosso nome.




Lucas 6,6-11.

Naquele tempo, Jesus entrou numa sinagoga a um sábado e começou a ensinar. Estava lá um homem com a mão direita paralítica.
Os escribas e fariseus observavam Jesus, para verem se Ele ia curar ao sábado e encontrarem assim um pretexto para O acusarem.
Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse ao homem que tinha a mão paralítica: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio». O homem levantou-se e ficou de pé.
Depois Jesus disse-lhes: «Eu pergunto-vos se é permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la».
Então olhou para todos à sua volta e disse ao homem: «Estende a mão». Ele assim fez e a mão ficou curada.
Os escribas e fariseus ficaram furiosos e começaram a falar entre si do que haviam de fazer a Jesus.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
«Espelho da Caridade», III, 3-6

Entrar na verdadeira paz do sábado

Quando, afastando-se do ruído exterior, o homem se recolhe no segredo do seu coração e fecha a porta à multidão barulhenta das vaidades, quando nada mais tem em si que seja agitado e desordenado, nada que o importune, nada que o atormente, dá-se a feliz celebração de um primeiro sábado. Mas também pode abandonar este refúgio intimo, este albergue do coração, para entrar no alegre e aprazível repouso da doçura do amor fraterno. Dá-se então um segundo sábado, o sábado da caridade fraterna.

Uma vez purificada nestas duas formas de amor [de si mesma e do próximo], a alma aspira com tanto mais ardor às alegrias do amplexo divino quanto mais segura se sente. Ardendo com um desejo extremo, passa para o outro lado do véu da carne e, entrando no santuário (Heb 10,20), onde Cristo Jesus é espírito diante da sua face, é totalmente absorvida por uma luz indizível e por uma invulgar doçura. Tendo feito silêncio relativamente a tudo quanto é corpóreo, sensível e mutável, fixa com um olhar penetrante Aquele que é, Aquele que é sempre o que é, idêntico a Si mesmo, Aquele que é uno. Livre e capaz de ver que o próprio Senhor é Deus (Sal 45,11), celebra sem qualquer hesitação o sábado dos sábados, no doce amplexo da própria Caridade.