sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sexta-feira, dia 16 de Setembro de 2016

Sexta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

S. Cornélio, papa, mártir, +253, S. Cipriano, bispo, mártir, +258

Comentário do dia
Bento XVI: «Acompanhavam-No os Doze, bem como algumas mulheres»

1 Cor. 15,12-20.

Irmãos: Se pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, porque dizem alguns no meio de vós que não há ressurreição dos mortos?
Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou.
E, se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também é inútil a vossa fé.
E nós aparecemos como falsas testemunhas de Deus, porque damos testemunho contra Deus, ao afirmar que Ele ressuscitou Jesus Cristo, quando de facto não O ressuscitou, a ser verdade que os mortos não ressuscitam.
Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, ainda estais nos vossos pecados;
e assim, os que morreram em Cristo também se perderam.
Se é só para a vida presente que temos posta em Cristo a nossa esperança, somos os mais miseráveis de todos os homens.
Mas não. Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram.


Salmos 17(16),1.6-7.8b.15.

Ouvi, Senhor, uma causa justa, atendei a minha súplica. Escutai a minha oração, feita com sinceridade.
Eu Vos invoco, ó Deus, respondei-me,
ouvi e escutai as minhas palavras.
Mostrai a vossa admirável misericórdia, Vós que salvais quem se acolhe à vossa direita.
protegei-me à sombra das vossas asas.
Mereça eu contemplar a vossa face e, ao despertar, saciar-me com a vossa imagem.




Lucas 8,1-3.

Naquele tempo, Jesus ia caminhando por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a boa nova do reino de Deus. Acompanhavam-n'O os Doze,
bem como algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades. Eram Maria, chamada Madalena, de quem tinham saído sete demónios,
Joana, mulher de Cusa, administrador de Herodes, Susana e muitas outras, que serviam Jesus e os discípulos com os seus bens.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 14/2/07 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

«Acompanhavam-No os Doze, bem como algumas mulheres»

Sabemos que, de entre os seus discípulos, Jesus escolheu doze homens como pais do novo Israel, e escolheu-os para «estarem com Ele e para os enviar a pregar» (Mc 3, 14). Este facto é evidente mas, além dos Doze, colunas da Igreja, pais do novo Povo de Deus, também há muitas mulheres que são incluídas no número dos discípulos. Posso apenas mencionar brevemente aquelas que se encontram no caminho do próprio Jesus, a começar pela profetisa Ana (Lc 2,36-38), até à Samaritana (Jo 4,1-39), à mulher sírio-fenícia (Mc 7,24-30), à hemorroíssa (Mt 9,20-22) e à pecadora perdoada (Lc 7,36-50). Não me referirei sequer às protagonistas de algumas eficazes parábolas, por exemplo a uma dona de casa que amassa o pão (Mt 13,33), à mulher que perde a dracma (Lc 15,8-10), à viúva que importuna o juiz (Lc 18,1-8). Mais significativas nesta nossa reflexão são aquelas mulheres que desenvolveram um papel ativo no contexto da missão de Jesus.

Em primeiro lugar, pensamos naturalmente na Virgem Maria que, com a sua fé e a sua obra maternal, colaborou de modo único na nossa Redenção, de tal forma que Isabel a proclamou «bendita [...] entre as mulheres» (Lc 1,42), acrescentando: «Feliz de ti que acreditaste» (Lc 1,45). Tornando-se discípula de seu Filho, Maria manifestou em Caná total confiança nele (Jo 2,5) e seguiu-O até à Cruz, onde recebeu dele uma missão maternal para com todos os seus discípulos de todos os tempos, representados por João (Jo 19,25-27).

Surgem depois várias mulheres que, a diversos títulos, gravitaram em torno da figura de Jesus, com funções de responsabilidade. São exemplo eloquente disso as mulheres que seguiam Jesus para O assistir com os seus bens e das quais Lucas nos transmite alguns nomes: Maria de Magdala, Joana, Susana e «muitas outras» (Lc 8,2-3). Depois, os Evangelhos informam-nos de que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus na hora da Paixão (Mt 27,56.61; Mc 15,40). Entre elas destaca-se, em particular, Madalena, que presenciou a Paixão, mas que foi também a primeira testemunha do Ressuscitado e quem O anunciou (Jo 20,1.11-18). É precisamente para Maria de Magdala que S. Tomás de Aquino reserva a singular qualificação de «apóstola dos apóstolos», dedicando-lhe este bonito comentário: «Assim como uma mulher tinha anunciado ao primeiro homem palavras de morte, assim também foi uma mulher a primeira a anunciar aos apóstolos palavras de vida».