domingo, 19 de fevereiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 19 de Fevereiro de 2017

7º Domingo do Tempo Comum
7º Domingo do tempo comum - domingo III do saltério

S. Conrado de Placência, confessor, +1351, S. Bonifácio, bispo, +1265

Comentário do dia
São Cipriano : «Eu porém digo-vos: Não resistais ao homem mau»

Levit. 19,1-2.17-18.

O Senhor dirigiu-Se a Moisés nestes termos:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: 'Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo'.
Não odiarás do íntimo do coração os teus irmãos, mas corrigirás o teu próximo, para não incorreres em falta por causa dele.
Não te vingarás, nem guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor».


Salmos 103(102),1-2.3-4.8.10.12-13.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.
Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades;
salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como o Oriente dista do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos pecados;
como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem.




1 Cor. 3,16-23.

Irmãos: Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo.
Ninguém tenha ilusões. Se alguém entre vós se julga sábio aos olhos do mundo, faça-se louco, para se tornar sábio.
Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus, como está escrito: «Apanharei os sábios na sua própria astúcia».
E ainda: «O Senhor sabe como são vãos os pensamentos dos sábios».
Por isso, ninguém deve gloriar-se nos homens. Tudo é vosso:
Paulo, Apolo e Pedro, o mundo, a vida e a morte, as coisas presentes e as futuras. Tudo é vosso;
mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.


Mateus 5,38-48.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito aos antigos: 'Olho por olho e dente por dente'.
Eu, porém, digo-vos: Não resistais ao homem mau. Mas se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda.
Se alguém quiser levar-te ao tribunal, para ficar com a tua túnica, deixa-lhe também o manto.
Se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, acompanha-o durante duas.
Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pede emprestado.
Ouvistes que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo'.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem,
para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.
Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?
E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu porém digo-vos: Não resistais ao homem mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros ao apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...]

Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores (Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança, pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (At 7,60). Foi o que fez o primeiro mártir de Cristo [...], que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da sua paciente bondade.

Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef 4,30-31). O cristão que foge dos assaltos da sua natureza caída como de um mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não deve admitir no seu coração a cólera a desordem. Pois não lhe é permitido pagar o mal com o mal (Rom 12,17), nem conceber o ódio.