quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 23 de Fevereiro de 2017

Quinta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

S. Policarpo, bispo, mártir, +155, Beata Rafaela Ibarra, leiga, fundadora, +1900

Comentário do dia
Beato Paulo VI : «Se a tua mão é para ti ocasião de pecado»: a conversão do coração

Sirac 5,1-10.

Não te fies nas tuas riquezas, e não digas: «Tenho suficiente para mim.»
Não sigas os teus desejos e a tua força, indo atrás das paixões do coração.
Não digas: «Quem terá poder sobre mim?», porque o Senhor te punirá certamente.
Não digas: «Pequei, e que me aconteceu de mal?», porque o Senhor é lento em castigar.
Não vivas confiado no perdão, acumulando pecado sobre pecado.
Não digas: «A misericórdia do Senhor é grande, Ele terá compaixão da multidão dos meus pecados!», porque nele a misericórdia e a ira caminham juntas; e o seu furor cairá sobre os pecadores.
Não tardes em te converter ao Senhor, não adies, de dia para dia, porque a ira do Senhor virá de repente, e Ele te fará perecer no dia do castigo.
Não confies em riquezas injustas, pois de nada te servirão no dia da desventura.
Não te voltes a todos os ventos, e não andes por todos os caminhos; assim se comporta o pecador de linguagem dúplice.
Sê firme nas tuas convicções, e uma só seja a tua palavra.


Salmos 1,1-2.3.4.6.

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite.

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido.

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição.




Marcos 9,41-50.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus díscípulos:  «Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.»
Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar.
Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga.
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
E se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena.
onde o verme não morre e o fogo não se apaga.
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena,
onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga».
Na verdade, todos serão salgados com fogo.
O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Beato Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Constituição apostólica «Paenitemini»

«Se a tua mão é para ti ocasião de pecado»: a conversão do coração

Não se pode alcançar o Reino anunciado por Cristo senão pela conversão, a «metanoia», ou seja, pela mudança e a renovação íntima e total de todo o homem, dos seus pensamentos, dos seus juízos e da sua vida, mudança e renovação que se operam nele à luz da santidade e do amor de Deus, que nos foram manifestados e comunicados em plenitude no Filho.

O convite do Filho à «metanoia» obriga-nos tanto mais, quanto Ele não Se limitou a pregá-lo, mas Se ofereceu a Si próprio como exemplo. Cristo é, com efeito, o modelo supremo dos penitentes, Ele que quis sofrer, não pelos seus pecados, mas pelos pecados dos outros.

Quando se coloca diante de Cristo, o homem é iluminado por uma luz nova, e reconhece a santidade de Deus e a gravidade do pecado. Pela palavra de Cristo, é-lhe transmitida a mensagem que convida à conversão e concede o perdão dos pecados. O homem recebe estes dons em plenitude no batismo, que o configura à Paixão, morte e ressurreição do Senhor. É sob o signo deste mistério que se coloca toda a vida futura do batizado.

Todo o cristão deve, pois, seguir o Mestre, renunciando a si mesmo, levando a sua cruz e participando nos sofrimentos de Cristo (Mt 16,24). Assim, transfigurado em imagem da sua morte, torna-se capaz de meditar na glória da ressurreição.