segunda-feira, 20 de março de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 20 de Março de 2017

S. JOSÉ, esposo da Virgem Santa Maria, padroeiro da Igreja universal - Solenidade

Santa Eufémia, virgem e mártir, +300, S. Martinho de Braga, bispo, +580, Santa Cláudia, mártir, +304

Comentário do dia
São João Paulo II : «Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»

2 Sam. 7,4-5a.12-14a.16.

Naqueles dias, o Senhor falou a Natã, dizendo:
«Vai dizer ao meu servo David: Assim fala o Senhor:
Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com os teus pais, estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti e consolidarei a sua realeza.
Ele construirá um palácio ao meu nome e Eu consolidarei para sempre o seu trono real.
Serei para ele um Pai e ele será para Mim um filho.
A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de Mim. O teu trono será firme para sempre».


Salmos 89(88),2-3.4-5.27.29.

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes: «A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.

Concluí uma aliança com o meu eleito,
fiz um juramento a David, meu servo:
Conservarei a tua descendência para sempre,
estabelecerei o teu trono por todas as gerações.

Ele Me invocará: «Vós sois meu pai,
meu Deus, meu Salvador».
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor,
a minha aliança com ele será irrevogável.




Romanos 4,13.16-18.22.

Irmãos: Não foi por meio da Lei, mas pela justiça da fé, que se fez a Abraão ou à sua descendência a promessa de que receberia o mundo como herança.
Portanto a herança vem pela fé, para que seja dom gratuito de Deus e a promessa seja válida para toda a descendência, não só para a descendência segundo a Lei, mas também para a descendência segundo a fé de Abraão. Ele é o pai de todos nós,
como está escrito: «Fiz de ti o pai de muitos povos». Ele é o nosso pai diante d'Aquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe.
Esperando contra toda a esperança, Abraão acreditou, tornando-se pai de muitos povos, como lhe tinha sido dito: «Assim será a tua descendência».
Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça».


Mateus 1,16.18-21.24a.

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João Paulo II (1920-2005), papa
Redemptoris Custos, n.º 4

«Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor»

Ao iniciar a sua peregrinação, a fé de Maria encontra-se com a fé de José. Se Isabel disse da Mãe do Redentor: «Feliz daquela que acreditou», esta bem-aventurança pode, em certo sentido, ser referida também a José, porque, de modo análogo, ele respondeu afirmativamente à Palavra de Deus, quando esta lhe foi transmitida naquele momento decisivo. A bem da verdade, José não respondeu ao «anúncio» do anjo como Maria; mas «fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor» e recebeu a sua esposa. Isto que ele fez é puríssima «obediência da fé» (cf Rom 1,5; 16,26; 2Cor 10,5-6).

Pode dizer-se que aquilo que José fez o uniu, de uma maneira absolutamente especial, à fé de Maria: ele aceitou como verdade proveniente de Deus o que ela já tinha aceitado na anunciação. O Concílio ensina: «A Deus que revela é devida a "obediência da fé" [...]; pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus, prestando-Lhe "o obséquio pleno da inteligência e da vontade" e dando voluntário assentimento à sua revelação.» A frase acabada de citar, que diz respeito à própria essência da fé, aplica-se perfeitamente a José de Nazaré.

Ele tornou-se, portanto, um depositário singular do mistério «escondido desde todos os séculos em Deus» (cf Ef 3,9), como se tornara Maria, naquele momento decisivo que é chamado pelo Apóstolo «plenitude dos tempos», quando «Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher [...] para resgatar os que se encontravam sob o jugo da lei e para que recebêssemos a adoção de filhos» (Gal 4,4-5).

Deste mistério divino, juntamente com Maria, José é o primeiro depositário. [...] Tendo diante dos olhos os textos de ambos os evangelistas, S. Mateus e S. Lucas, pode também dizer-se que José foi o primeiro a participar na mesma fé da Mãe de Deus e que, procedendo deste modo, dá apoio à sua esposa na fé na anunciação divina. Ele foi o primeiro a ser posto por Deus no caminho da «peregrinação da fé» de Maria. [...] A caminhada própria de José, a sua peregrinação da fé terminaria antes. [...] E contudo, a caminhada da fé de José seguiu a mesma direção.