terça-feira, 30 de maio de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 30 de Maio de 2017

Terça-feira da 7ª semana da Páscoa

Santa Joana d'Arc, virgem, mártir, (+ Rouen, França, 1431), Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Comentário do dia
Santo Ireneu de Lyon : «Para que Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.»

Actos 20,17-27.

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja.
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia.
Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus.
Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa.
Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus, nosso Senhor.
Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera.
Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações.
Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino.
Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós,
pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».


Salmos 68(67),10-11.20-21.

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido.

Bendito seja o Senhor, dia após dia:
preocupa-Se connosco o Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor.




João 17,1-11a.

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique,
e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.
É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo.
Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar.
E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com a glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste, e eles guardam a tua palavra.
Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti,
porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste.
É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus.
Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado.
Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as Heresias», IV, 14

«Para que Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste.»

No princípio, não foi porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas para ter alguém em quem depositar os seus benefícios. Porque, não só antes de Adão mas mesmo antes de toda a criação, já o Verbo glorificava o Pai, permanecendo nele, e era glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio disse: «Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo». Também não foi porque tivesse necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O seguíssemos, mas para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é participar da salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz.

Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela; longe de lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e por ela são iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o nosso serviço não acrescenta nada a Deus, porque Deus não precisa do serviço dos homens; mas, àqueles que O servem e O seguem, Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a glória eterna. [...]

Se Deus solicita o serviço dos homens, é para poder, Ele que é bom e misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu serviço. Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A glória do homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O glorificavam, seguindo-O, mas que, por terem seguido o Filho de Deus, eram glorificados por Ele. «Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam também comigo, para contemplarem a minha glória» (Jo 17,24).