sábado, 10 de junho de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 10 de Junho de 2017



Santo Anjo da Guarda de Portugal

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste»

Dan. 10,2-14.

Naqueles dias, eu, Daniel, fazia penitência durante três semanas.
Não tomei qualquer alimento delicado, não entrou em minha boca nem carne nem vinho; não me ungi com azeite, enquanto decorreram estas três semanas.
No vigésimo quarto dia do primeiro mês, encontrava-me eu na margem do grande rio Tigre.
ergui os olhos e vi um homem vestido de linho, com um cinturão de ouro puro.
O seu corpo era semelhante ao topázio e o rosto tinha o fulgor do relâmpago; os olhos eram como fachos ardentes, os braços e as pernas eram brilhantes como o bronze polido e o som das suas palavras era como o rumor duma multidão.
Só eu, Daniel, é que pude contemplar esta aparição; aqueles que estavam comigo não a viram, mas apoderou-se deles um tão grande pavor que correram a esconder-se.
Então, fiquei sozinho, continuando a presenciar esta portentosa aparição. Faltaram-me as forças; tornou-se lívida a cor do meu rosto e desfaleci.
Ouvi falar este homem e, ao som das suas palavras, caí desmaiado, com a face por terra.
Mas eis que uma mão me tocou e me fez colocar, a tremer, sobre os joelhos e as palmas das mãos.
Disse-me ele: «Daniel, homem de predilecção, atende às palavras que te vou dirigir. Levanta-te, pois tenho uma mensagem a comunicar-te.» Quando me falou assim, pus-me de pé, todo a tremer.
Ele disse-me: «Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração para compreender e te humilhaste diante do teu Deus, as tuas palavras foram ouvidas. É por causa das tuas palavras que eu venho.
O chefe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos chefes principais, veio em meu auxílio. Eu estive lá, a fazer frente ao chefe dos reis da Pérsia,
e aqui estou para te fazer compreender o que deve acontecer ao teu povo nos últimos dias. Esta visão diz respeito ainda aos tempos longínquos.»


Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.

Tu, que habitas sob a proteção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
meu Deus, em Vós confio».

Nenhum mal te acontecerá,
nem a desgraça se aproximará da tua morada.
Porque o Senhor mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.

Na palma das mãos te levarão,
para que não tropeces em alguma pedra.
Poderás andar sobre víboras e serpentes,
calcar aos pés o leão e o dragão.

«Porque confiou em Mim, hei-de salvá-lo;
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação,

hei-de libertá-lo e dar-lhe glória».



Lucas 2,8-14.

Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles, e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§ 328-332

«Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste»

A existência dos seres espirituais, não-corporais, que Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.

Santo Agostinho diz a respeito deles: Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz". Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam «constantemente a face de meu Pai que está nos céus» (Mt 18,10), são «poderosos executores da sua palavra, obedientes ao som de sua palavra» (Sl 103,20).

Como criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Disto dá testemunho o fulgor de sua glória.

Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus anjos» (Mt 25,31). São seus porque foram criados por e para Ele: «Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: tronos, dominações, principados, potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele» (Col 1,16). São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. «Porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?» (Heb 1,14).