quarta-feira, 5 de julho de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 05 de Julho de 2017

Quarta-feira da 13ª semana do Tempo Comum

Santo António Maria Zacarias, presbítero, fundador, +1539

Comentário do dia
São João Crisóstomo : A libertação dos cativos

Gén. 21,5.8-20.

Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu seu filho Isaac.
O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaac foi desmamado, Abraão deu uma grande festa.
Sara notou que o filho dado a Abraão pela egípcia Agar brincava com o seu filho Isaac
e disse a Abraão: «Expulsa esta escrava e o seu filho, para que o filho da escrava não seja herdeiro com meu filho Isaac».
Isto desagradou muito a Abraão, por causa de Ismael.
Mas Deus disse: «Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava. Concede a Sara tudo o que ela te pedir, porque de Isaac sairá a descendência que perpetuará o teu nome.
Mas do filho da escrava também farei um grande povo, porque é teu descendente».
Abraão levantou-se muito cedo, tomou pão e um odre de água e deu-os a Agar. Em seguida pôs-lhe o menino aos ombros e mandou-a embora. Ela saiu e andou errante no deserto de Bersabé.
Quando a água do odre se acabou, Agar deitou o menino debaixo dum arbusto
e foi sentar-se em frente dele, à distância de um tiro de arco. Dizia consigo: «Não quero ver morrer o menino». Sentou-se a uma certa distância e o menino começou a chorar.
Deus ouviu os gritos do menino e o Anjo de Deus chamou Agar do alto dos Céus, dizendo: «Que tens, Agar? Não temas. Deus ouviu os gritos do menino, no lugar onde Ele está.
Ergue-te, levanta o menino e segura-o em teus braços, porque Eu farei dele um grande povo».
Deus abriu-lhe os olhos e ela viu um poço de água. Foi encher de água o odre e deu de beber ao menino.
Deus estava com o menino e ele cresceu, habitou no deserto e tornou-se um atirador de arco.


Salmos 34(33),7-8.10-11.12-13.

O pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.

Vinde, filhos, escutai-me,
vou ensinar-vos o temor do Senhor.
Qual é o homem que ama a vida,
que deseja longos dias de felicidade?




Mateus 8,28-34.

Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho.
E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?».
Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos.
Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos».
Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago.
Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados.
Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia sobre a palavra «cemitério» e sobre a cruz

A libertação dos cativos

Naquele dia, Jesus Cristo entrou no abismo e conquistou os infernos. Naquele dia, «Ele despedaçou as portas de bronze, quebrou os ferrolhos de ferro», como disse Isaías (Is 45,2). Reparemos bem nestas expressões. Não é dito que «abriu» as portas de bronze, nem que as tirou de seus gonzos, mas que «as despedaçou», para nos fazer compreender que deixou de haver prisão, para dizer que Jesus aniquilou a morada dos prisioneiros. Prisão onde já não haja portas nem ferrolhos deixa de poder ter cativos os seus reclusos. Ora, Jesus despedaçou essas portas; quem poderá voltar a pô-las? E os ferrolhos que quebrou: que homem poderá voltar a colocá-los?

Quando os príncipes da Terra soltam os prisioneiros, enviando cartas de indulto, deixam ficar as portas e os guardas da prisão, para demonstrar àqueles que saem que podem ter de ali voltar, eles ou outros. Cristo não age desta maneira. Ao despedaçar as portas de bronze, dá testemunho de que não voltará a haver prisão, nem morte.

E porque eram as portas «de bronze»? Porque a morte era impiedosa, inflexível, dura como o diamante. Durante todos os séculos que precederam Jesus Cristo, nunca recluso algum pudera fugir, até ao dia em que o Soberano dos céus desceu ao abismo para daí arrancar as vítimas.