segunda-feira, 10 de julho de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 10 de Julho de 2017

Segunda-feira da 14ª semana do Tempo Comum

Santa Felicidade e seus sete filhos, mártires, +162, Santa Verónica de Giuliani, religiosa, +1727

Comentário do dia
Santo Hilário : «A menina não morreu; está a dormir»

Gén. 28,10-22a.

Naqueles dias, Jacob saiu de Bersabé e tomou o caminho de Harã.
Chegando a certo lugar quando o sol já se tinha posto, resolveu passar ali a noite. Tomou uma das pedras do local, colocou-a debaixo da cabeça e deitou-se ali mesmo.
Teve então um sonho: Uma escada estava assente na terra e a parte superior tocava o céu; por ela subiam e desciam Anjos de Deus.
No cimo da escada estava o Senhor, que lhe disse: «Eu sou o Senhor, Deus de Abraão teu pai e Deus de Isaac. Dar-te-ei, a ti e à tua descendência, a terra em que te encontras.
A tua descendência será tão numerosa como o pó da terra. Estender-te-ás para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o sul, e, por ti e pela tua descendência, serão abençoadas todas as famílias da terra.
Eu estou contigo: proteger-te-ei para onde quer que vás e reconduzir-te-ei a esta terra. Não te abandonarei, enquanto não tiver realizado tudo o que te prometi».
Quando Jacob despertou do sono, disse: «Realmente o Senhor está neste lugar e eu não o sabia».
Ele teve medo e disse: «Como é terrível este lugar! É nada menos que a casa de Deus e a porta do Céu».
Jacob levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como estela e derramou óleo por cima.
A este lugar deu o nome de Betel, mas antes a cidade chamava-se Luza.
Jacob fez então este voto: «Se Deus estiver comigo e me guardar nesta viagem que faço, se me der pão para comer e roupa para vestir
e eu voltar são e salvo à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus
e esta pedra que eu ergui como estela será uma casa de Deus».


Salmos 91(90),1-2.3-4.14-15ab.

Tu, que habitas sob a proteção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela;
meu Deus, em Vós confio».

Ele te livrará do laço do caçador e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo.
«Porque confiou em Mim, hei-de salvá-lo;

hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação.




Mateus 9,18-26.

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d'Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá».
Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos.
Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d'Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto,
pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada».
Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada.
Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço,
Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d'Ele.
Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se.
E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Mateus

«A menina não morreu; está a dormir»

Este chefe [da sinagoga] pode ser visto como representante da Lei de Moisés, que, orando pela multidão que a referida Lei tinha alimentado para Cristo, pregando a expetativa da sua vinda, pede ao Senhor que dê vida a uma morta. [...] O Senhor prometeu-lhe ajuda e, para o tranquilizar, seguiu-o.

Mas a multidão dos pagãos pecadores foi primeiramente salva com os apóstolos. O dom da vida era devido em primeiro lugar à eleição predestinada pela Lei, mas antes disso, na imagem da mulher, a salvação chegou aos publicanos e aos pecadores. Eis por que razão esta mulher confia que, aproximando-se do local por onde o Senhor passará, será curada do seu fluxo de sangue pelo contacto com as vestes do Senhor. [...] Ela tem pressa, na sua fé, de Lhe tocar a orla do manto, isto é, de alcançar, na companhia dos apóstolos, o dom do Espírito Santo, que sai do corpo de Cristo à maneira de uma franja. Em pouco tempo, ficou curada. Assim, a saúde destinada a uma foi dada também a outra, a quem o Senhor louvou a fé e a perseverança, porque o que tinha sido preparado para Israel foi acolhido pelos povos das nações. [...] O poder curativo do Senhor, contido no seu corpo, chegava também à fímbria das suas vestes. Com efeito, Deus não era divisível nem possível de conter, para Se poder encerrar num corpo; Ele próprio distribui os seus dons no Espírito, mas não é divisível nos seus dons. O seu poder é alcançável pela fé em qualquer lado porque esse poder está em toda a parte e de lado nenhum está ausente. O corpo que tomou não limitou o seu poder; este é que tomou a fragilidade de um corpo para o redimir. E este poder é de tal maneira ilimitado e generoso, que a obra da salvação dos homens estava presente nas franjas das vestes de Cristo.

O Senhor entra em seguida na casa do chefe, ou seja, na sinagoga [...], e muitos troçaram dele. Com efeito, não acreditaram que Deus estivesse num homem e riram-se ao ouvirem pregar a ressurreição dos mortos. Mas, tomando a mão da menina, o Senhor voltou a dar vida àquela cuja morte não era, para Ele, senão um sono.