quinta-feira, 27 de julho de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 27 de Julho de 2017

Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III, S. Celestino I, +432

Comentário do dia
São Pedro Crisólogo : «Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»

Ex. 19,1-2.9-11.16-20b.

Três meses depois de terem saído da terra do Egipto, os filhos de Israel chegaram ao deserto do Sinai.
Partindo de Refidim, chegaram ao deserto do Sinai, onde acamparam, em frente do monte.
O Senhor disse a Moisés: «Eu virei ter contigo numa espessa nuvem, para que o povo Me oiça falar contigo e acredite em ti para sempre». Depois Moisés comunicou ao Senhor o que o povo tinha dito.
O Senhor disse ainda a Moisés: «Vai ter com o povo e faz que ele se purifique hoje e amanhã. Devem lavar as suas vestes
e estar preparados para depois de amanhã, porque ao terceiro dia o Senhor descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo».
Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa nuvem cobria o monte e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No acampamento, todo o povo estremeceu.
Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e ficaram no sopé do monte.
Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele no meio do fogo. O fumo subia como de uma fornalha, e todo o monte tremia violentamente.
O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e Deus respondia com voz de trovão.
O Senhor desceu sobre o cimo do monte Sinai e chamou Moisés ao cimo do monte.


Dan. 3,52.53.54.55.56.

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais: digno de louvor e de glória para sempre. Bendito o vosso nome glorioso e santo: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no templo santo da vossa glória: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos e estais sentado sobre os Querubins: digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento do céu: digno de louvor e de glória para sempre.



Mateus 13,10-17.

Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?».
Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não.
Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas, porque veem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender.
Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: 'Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver.
Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure'.
Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque veem e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 147

«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»

Quando viu o mundo transtornado pelo medo, Deus pôs em ação o seu amor para o chamar a Si, a sua graça para o convidar, o seu afeto para o abraçar. Aquando do dilúvio, […] chamou Noé a gerar um mundo novo, encorajou-o com suaves palavras, deu-lhe uma confiança de predileto, instruiu-o com bondade sobre o presente e consolou-o com a sua graça relativamente ao futuro. […] Participou no seu labor e encerrou na arca o germe do mundo inteiro, a fim de que o amor pela sua aliança banisse o medo. […]

Em seguida, Deus chamou Abraão do meio das nações, elevou o seu nome e fez dele pai dos crentes. Acompanhou-o pelo caminho, protegeu-o no estrangeiro, cumulou-o de riquezas, honrou-o com vitórias, confirmou-o com as suas promessas, arrancou-o às injustiças, consolou-o na sua hospitalidade e maravilhou-o com um nascimento inesperado, a fim de que, atraído pela doçura do amor divino, ele aprendesse a […] adorar a Deus amando-O e já não temendo-O.

Mais tarde, por meio de um sonho, Deus consolou Jacob, que se encontrava em fuga. No regresso, provocou-o para um combate e, durante a luta, estreitou-o nos seus braços, a fim de que ele amasse o pai dos combates e deixasse de O temer. Depois, chamou Moisés e falou-lhe com amor de pai, para o convidar a libertar o seu povo.

Em todos estes acontecimentos, a chama da caridade divina abrasou o coração dos homens […] e estes, de alma ferida, começaram a desejar ver a Deus com os olhos da carne. […] O amor não admite não ver aquilo que ama. Não é verdade que todos os santos consideraram pouca coisa tudo quanto obtinham quando não viam a Deus? […] Que ninguém pense, pois, que Deus fez mal em vir ter com os homens por meio de um homem. Ele tomou carne entre nós para ser visto por nós.