terça-feira, 1 de agosto de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 01 de Agosto de 2017

Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787

Comentário do dia
Santo Hilário : «Então os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai.»

Ex. 33,7-11.34,5b-9.28.

Naqueles dias, Moisés pegou na tenda e armou-a fora do acampamento, a certa distância. Chamava-lhe a 'Tenda da Reunião'. Quem desejasse consultar o Senhor devia ir à Tenda da Reunião, que estava fora do acampamento.
Sempre que Moisés se dirigia para a Tenda, todo o povo se levantava; cada um ficava à entrada da sua própria tenda e seguia Moisés com o olhar até ele entrar na Tenda da Reunião.
Quando Moisés entrava na Tenda, a coluna de nuvem descia e ficava à entrada e o Senhor falava com Moisés.
E quando o povo via a coluna de nuvem deter-se à entrada da Tenda, toda a gente se levantava e se prostrava à porta da sua tenda.
O Senhor falava com Moisés face a face, como quem fala com um amigo. Por fim, Moisés regressava ao acampamento, mas o seu jovem ajudante, Josué, filho de Nun, não deixava o interior da Tenda.
Moisés invocou o nome do Senhor.
O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade».
Mantém a sua misericórdia até à milésima geração, perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, mas não deixa nada impune e castiga a iniquidade dos pais nos filhos e nos netos, até à terceira e quarta geração».
Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração.
Depois disse: «Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança».
Moisés ficou ali com o Senhor durante quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança: os dez mandamentos.


Salmos 103(102),6-7.8-9.10-11.12-13.

O Senhor faz justiça
e defende o direito de todos os oprimidos.
Revelou a Moisés os seus caminhos
e aos filhos de Israel os seus prodígios.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade;
Não está sempre a repreender,
nem guarda ressentimento.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,

nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia para os que O temem.
Como o Oriente dista do Ocidente,

assim Ele afasta de nós os nossos pecados.
como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem.



Mateus 13,36-43.

Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d'Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo».
Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem,
e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno,
e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os Anjos.
Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade,
e hão de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Da Trindade, XI, 39-40

«Então os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai.»

[Diz S. Paulo que] Cristo entregará o reino a seu Pai (1Cor 15,24), não no sentido em que renunciará ao seu poder entregando-Lhe o seu Reino, mas no sentido em que o Reino de Deus seremos nós, assim que tivermos sido conformados à glória de seu corpo [...], constituídos Reino de Deus através da glorificação desse corpo. Assim, pois, Ele entregar-nos-á ao Pai enquanto Reino, como diz o Evangelho: «Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25,34).

E «os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai» porque o Filho colocará nas mãos de Deus aqueles que, sendo o Reino, para ele convidara, aqueles a quem foram prometidas as bem-aventuranças próprias deste mistério com as palavras: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5,8). [...] Serão estes que, enviados a seu Pai como seu Reino, verão a Deus.

O próprio Senhor dissera aos Apóstolos em que consistia este Reino: «O Reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17,21). E se alguém inquirir quem é Aquele que entregará o Reino, preste atenção: «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos» (1Cor 15,20-21). Tudo isto diz respeito ao mistério do corpo, uma vez que Cristo é o primeiro Ressuscitado de entre os mortos. [...] Por isso [é que] Deus será «tudo em todos» (1Cor 15,28), para o progresso da [nossa] humanidade assumida por Cristo.