quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quinta-feira, dia 17 de Agosto de 2017

Quinta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

Santa Beatriz da Silva, religiosa, +1490, S. Jacinto, presbítero, apóstolo da Polónia, +1257

Comentário do dia
São Cipriano : «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»

Josué 3,7-10a.11.13-17.

Naqueles dias, o Senhor disse a Josué: «Hoje começarei a engrandecer-te aos olhos de todo o Israel, para que saibam que Eu estarei contigo, como estive com Moisés.
E tu darás esta ordem aos sacerdotes que transportam a arca da aliança: 'Quando chegardes à beira das águas do Jordão, parai aí'».
Josué disse aos filhos de Israel: «Aproximai-vos e ouvi as palavras do Senhor, vosso Deus».
Depois continuou: «Por isto conhecereis que um Deus vivo está no meio de vós e expulsará da vossa frente os cananeus:
Vereis a arca da aliança do Senhor, Deus de toda a terra, atravessar o Jordão à vossa frente.
Quando os sacerdotes que transportam a arca do Senhor, Deus de toda a terra, tiverem tocado com os seus pés as águas do Jordão, estas serão divididas, pois as que descem do alto ficarão paradas, formando um só bloco».
Quando o povo saiu das suas tendas para atravessar o Jordão, já estavam à frente os sacerdotes que levavam a arca da aliança.
Logo que os portadores da arca chegaram ao Jordão e os pés dos sacerdotes que levavam a arca tocaram na água, __ o Jordão transborda por todas as suas margens durante o tempo das ceifas
as águas que desciam do alto pararam e formaram um bloco até uma grande distância, perto de Adamá, cidade vizinha de Sartã, enquanto as que desciam para o mar de Arabá, ou mar do Sal, se escoavam completamente. O povo atravessou em frente de Jericó.
Os sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor mantiveram-se firmes no leito seco do Jordão, até que todo o Israel passou a pé enxuto para o outro lado do rio.


Salmos 114(113A),1-2.3-4.5-6.

Quando Israel saiu do Egipto,
quando a casa de Jacob se afastou do povo estrangeiro,
Judá tornou-se o santuário do Senhor
e Israel o seu domínio.

O mar viu e recuou,
o Jordão voltou atrás,
os montes saltaram como carneiros,
como cordeiros as colinas.

Que tens, ó mar, para fugires assim,
e tu, Jordão, para voltares atrás?
Montes, porque saltais como carneiros,
e vós, colinas, como cordeiros?




Mateus 18,21-35.19,1.

Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?».
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Na verdade, o reino de Deus pode comparar-se a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.
Logo de começo, apresentaram-lhe um homem que devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido, com a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, para assim pagar a dívida.
Então o servo prostrou-se a seus pés, dizendo: 'Senhor, concede-me um prazo e tudo te pagarei'.
Cheio de compaixão, o senhor daquele servo deu-lhe a liberdade e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, começou a apertar-lhe o pescoço, dizendo: 'Paga o que me deves'.
Então o companheiro caiu a seus pés e suplicou-lhe, dizendo: 'Concede-me um prazo e pagar-te-ei'.
Ele, porém, não consentiu e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto devia.
Testemunhas desta cena, os seus companheiros ficaram muito tristes e foram contar ao senhor tudo o que havia sucedido.
Então, o senhor mandou-o chamar e disse: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque mo pediste.
Não devias, também tu, compadecer-te do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?'.
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão de todo o coração».
Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além do Jordão.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
A oração do Senhor, 23-24

«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»

O Senhor obriga-nos a perdoar, também nós, as dívidas aos nossos devedores, tal como Lhe pedimos que nos perdoe as nossas (Mt 6,12). Devemos saber que não podemos obter o que pedimos em relação aos nossos pecados, se não fizermos o mesmo àqueles que pecaram para connosco. Por isso, Cristo diz algures: «É a medida com que servirdes que servirá de medida para vós» (Mt 7,2). E o servo que, depois de ter sido perdoado de toda a sua dívida, não quis, por sua vez, perdoar a do seu companheiro foi lançado na prisão. Porque não quis usar de clemência para com o seu companheiro, perdeu o que o seu senhor lhe oferecera. Cristo estabelece-o ainda com mais força nos seus preceitos, quando decreta: «Quando vos puserdes de pé em oração, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que o Pai que está nos céus vos perdoe as vossas faltas. Mas se não perdoardes, o vosso Pai que está nos céus também não vos perdoará as vossas faltas» (Mc 11,25-26). [...]

Quando Abel e Caim, os primeiros, ofereceram sacrifícios, não eram as suas oferendas que Deus olhava, mas o seu coração (Gn 4,3s): aquele cuja oferenda Lhe agradou foi aquele cujo coração Lhe agradou. Abel, pacífico e justo, oferecendo o sacrifício a Deus na inocência, ensinava os outros a virem, tementes a Deus, oferecer o seu presente no altar com um coração simples, com sentido de justiça, concórdia e paz. Oferecendo com tais disposições o sacrifício a Deus, mereceu tornar-se ele próprio uma oferenda preciosa e dar o primeiro testemunho do martírio. Pela glória do seu sangue, prefigurou a Paixão do Senhor, porque possuía a justiça e a paz do Senhor. São homens assim que são coroados pelo Senhor, e que, no dia do juízo, obterão justiça com Ele.