domingo, 27 de agosto de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 27 de Agosto de 2017

21º Domingo do Tempo Comum
XXI Domingo Comum (semana I do saltério)

Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

Comentário do dia
Santo Hilário : «Tu és [...] o Filho do Deus vivo»

Is. 22,19-23.

Eis o que diz o Senhor a Chebna, administrador do palácio: «Vou expulsar-te do teu cargo, remover-te do teu posto.
E nesse mesmo dia chamarei o meu servo Eliacim, filho de Elcias.
Hei-de revesti-lo com a tua túnica, hei-de pôr-lhe à cintura a tua faixa, entregar-lhe nas mãos os teus poderes. E ele será um pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá.
Porei aos seus ombros a chave da casa de David: há-de abrir, sem que ninguém possa fechar; há-de fechar, sem que ninguém possa abrir.
Fixá-lo-ei como uma estaca em lugar firme, e ele será um trono de glória para a casa de seu pai».


Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.6.8bc.

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade
e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome
e a vossa promessa.

Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.
O Senhor é excelso e olha para o humilde,
ao soberbo conhece-o de longe.

Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.



Romanos 11,33-36.

Como é profunda a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus! Como são insondáveis os seus desígnios e incompreensíveis os seus caminhos!
Quem conheceu o pensamento do Senhor? Quem foi o seu conselheiro?
Quem Lhe deu primeiro, para que tenha de receber retribuição?
D'Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória a Deus para sempre. Amen.


Mateus 16,13-20.

Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentários sobre Mateus, 16

«Tu és [...] o Filho do Deus vivo»

O Senhor tinha perguntado: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» Naturalmente que o aspeto do seu corpo manifestava o Filho do homem; mas, ao fazer esta pergunta, Ele dava a entender que, para além do que se via nele, havia outra coisa a discernir. [...] O objeto da pergunta era um mistério para o qual a fé dos crentes devia orientar-se.

A confissão de Pedro obteve em pleno a recompensa que merecia por ter visto naquele homem o Filho de Deus. «Feliz» é ele, louvado por ter prolongado a sua vista para além dos olhos humanos, não olhando para o que vinha da carne e do sangue, mas contemplando o Filho de Deus revelado pelo Pai dos céus: foi considerado digno de ser o primeiro a reconhecer o que em Cristo era de Deus. Que belo alicerce pôde ele dar à Igreja, confirmado pelo seu novo nome! Ele torna-se a pedra digna de edificar a Igreja de forma a ela romper as leis do inferno [...] e todas as cadeias da morte. Feliz porteiro do Céu, a quem são confiadas as chaves do acesso à eternidade; a sua sentença na Terra antecipa a autoridade do Céu, de tal forma que o que tiver ligado ou desligado na Terra o será também no Céu.

Jesus ordena ainda aos discípulos que não digam a ninguém que Ele é o Cristo, porque vai ser preciso que outros, quer dizer, a Lei e os profetas, sejam testemunhas do seu Espírito, uma vez que o testemunho da ressurreição caberá aos apóstolos. E, assim como foi manifestada a felicidade daqueles que conhecem Cristo no Espírito, foi igualmente manifestado o perigo de se desconhecer a sua humildade e a sua Paixão.