segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Segunda-feira, dia 04 de Setembro de 2017

Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora Consoladora

Santa Rosa de Viterbo, virgem, +1252

Comentário do dia
Beato Guerric de Igny : Reconhecer Cristo na sua humildade e descer como Ele

1 Tess. 4,13-18.

Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer, segundo a palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.


Salmos 96(95),1.3.4-5.11-12.13.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

O Senhor é grande e digno de louvor,
mais temível que todos os deuses.
os deuses dos gentios não passam de ídolos,
foi o Senhor quem fez os céus.

Alegrem-se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe, alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade.




Lucas 4,16-30.

Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura.
Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos,
a proclamar o ano da graça do Senhor».
Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga.
Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?».
Jesus disse-lhes: «Por certo Me citareis o ditado: 'Médico, cura-te a ti mesmo'. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum».
E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra.
Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia.
Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã».
Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga.
Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n'O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo.
Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
4.º sermão para a Epifania

Reconhecer Cristo na sua humildade e descer como Ele

«Em mim se perturba minha alma», ó Deus, quando penso nos meus pecados; «então, lembro-me de Ti, no país do Jordão» (Sl 41,7) - quer dizer, recordando-me da forma como purificaste Naaman, o leproso, na sua humilde descida ao rio. [...] «Ele desceu e lavou-se sete vezes no Jordão, como lhe tinha prescrito o homem de Deus, e ficou purificado» (2Rs 5,14). Desce também tu, ó minha alma, desce do carro do orgulho até às águas salutares do Jordão, que, partindo da sua fonte na casa de David, corre agora pelo mundo inteiro «para lavar todo o pecado e toda a mancha» (Zac 13,1). Essa nascente é a humildade da penitência, que corre graças ao dom de Cristo, mas também ao seu exemplo, e que, pregada doravante por toda a Terra, lava os pecados do mundo inteiro. [...] O nosso Jordão é um rio puro; os soberbos não terão, pois, de que te acusar se mergulhares totalmente nele, se te sepultares, por assim dizer, na humildade de Cristo. [...]

O nosso batismo é único, naturalmente, mas uma tal humildade é como um novo batismo. Com efeito, ela não reitera a morte de Cristo, mas leva à plenitude a mortificação e a sepultura do pecado: o que foi celebrado sacramentalmente no batismo encontra a sua plena realização sob esta nova forma. Sim, uma tal humildade abre os céus e confere o espírito de adoção; o Pai reconhece o seu filho, recriado na inocência e na pureza de uma criança de novo gerada. É por isso que a Escritura menciona, e com razão, que a carne de Naaman foi reconstruida à semelhança da de um recém-nascido. [...] Nós, que perdemos a graça do nosso primeiro batismo [...], descobrimos agora o verdadeiro Jordão, isto é, a descida da humildade. [...] Basta que não receemos descer cada dia mais profundamente [...] com Cristo.