sábado, 9 de setembro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 09 de Setembro de 2017

Sábado da 22ª semana do Tempo Comum

Beato Frederico Ozanam, leigo, +1853, S. Pedro Claver, presbítero, +1654

Comentário do dia
Santo Aelredo de Rievaulx : «O Filho do Homem é senhor do sábado»

Coloss. 1,21-23.

Irmãos: Outrora éreis estranhos a Deus e na vossa mente seus inimigos pelas vossas más acções.
Mas agora Deus reconciliou-vos consigo pela morte de Cristo no seu corpo de carne, para vos apresentar diante d'Ele santos, puros e irrepreensíveis.
Portanto, permanecei firmemente consolidados na fé e inabaláveis na esperança prometida pelo Evangelho que ouvistes e que foi anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu. Eu, Paulo, fui constituído ministro deste Evangelho.


Salmos 54(53),3-4.6.8.

Senhor, salvai-me pelo vosso nome,
pelo vosso poder fazei-me justiça.
Senhor, ouvi a minha oração,
atendei às palavras da minha boca.

Deus vem em meu auxílio,
o Senhor sustenta a minha vida.
De bom grado oferecerei sacrifícios,
cantarei a glória do vosso nome, Senhor.




Lucas 6,1-5.

Passava Jesus através das searas num dia de sábado e os discípulos apanhavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos.
Alguns fariseus disseram: «Porque fazeis o que não é permitido ao sábado?».
Respondeu-lhes Jesus: «Não lestes o que fez David, quando ele e os seus companheiros sentiram fome?
Entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que só aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos companheiros».
E acrescentou: «O Filho do homem é senhor do sábado».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
O Espelho da Caridade, I, 19.29

«O Filho do Homem é senhor do sábado»

Todos os dias da criação são grandes e admiráveis, mas nenhum pode comparar-se ao sétimo; nesse dia, não é a criação de um ou outro elemento natural que se propõe à nossa contemplação, é o repouso do próprio Deus e a perfeição de todas as criaturas. Lemos, com efeito: «Concluída, no sétimo dia, toda a obra que havia feito, Deus repousou, no sétimo dia, do trabalho por Ele realizado» (Gn 2,2). Grande é este dia, insondável este repouso, magnífico este sabat! Ah, se pudesses compreender! Este dia não foi determinado pelo curso do sol visível, não começa quando este nasce, não termina quando este se põe; não tem manhã e tarde (cf Gn 1,5). [...]

Escutemos Aquele que nos convida ao repouso: «Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei» (Mt 11,28): é a preparação para o sabat. E, sobre o sabat propriamente dito, diz-nos: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração, e achareis alívio para as vossas almas» (29). Eis o repouso e a tranquilidade, eis o verdadeiro sabat.

Porque este jugo não pesa, este jugo une; este fardo não tem peso, tem asas. Este jugo é a caridade; este fardo é o amor fraterno. Nele encontramos repouso, nele celebramos o sabat; nele somos libertados da escravidão. [...] E mesmo que a nossa enfermidade nos leve a cometer algum pecado, nem por isso o sabat será interrompido, porque «a caridade cobre a multidão dos pecados» (1Ped 4,8).