quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 04 de Outubro de 2017

Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum

S. Francisco de Assis, diácono, +1224

Comentário do dia
Santo Inácio de Loyola : «Segue-Me»

Neemias 2,1-8.

No mês de Nisã do ano vinte do reinado de Artaxerxes, em que eu era o copeiro-mor, tomei o vinho e servi-o ao rei. Como eu nunca me apresentara triste na sua presença,
o rei perguntou-me: «Porque tens o rosto abatido? Não estás doente; mas certamente tens o coração angustiado». Eu assustei-me,
mas respondi ao rei: «Viva o rei para sempre! Como não havia de andar tão triste, se a cidade onde estão os túmulos dos meus pais está em ruínas e as suas portas devoradas pelo fogo?».
O rei disse-me: «Então que desejas fazer?». Eu invoquei o Deus dos Céus
e respondi ao rei: «Se te agrada, ó rei, e estás contente com o teu servo, manda-me ir a Judá para reconstruir a cidade onde estão os túmulos dos meus pais».
O rei, que tinha a rainha a seu lado, perguntou-me: «Quanto tempo durará a tua viagem? Quando voltarás?». Marquei uma data. O rei concordou e deixou-me partir.
Eu disse ainda ao rei: «Se parecer bem ao rei, dêem-me cartas para o governador da província ocidental do Eufrates, a fim de me deixarem passar, até eu chegar a Judá,
e também uma carta para Asaf, intendente do parque florestal, a fim de me dar madeira para reconstruir as portas da cidadela do templo, as muralhas da cidade e a casa onde vou morar». O rei concedeu-mo, porque a mão bondosa do meu Deus estava comigo.


Salmos 137(136),1-2.3.4-5.6.

Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos as nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos
e os nossos opressores uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião».

Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor
em terra estrangeira?
Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita.

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se não me lembrar de ti,
se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias.




Lucas 9,57-62.

Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores».
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça».
Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».
Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus».
Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família».
Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Inácio de Loyola (1491-1556), fundador dos jesuítas
Exercícios espirituais, 2.ª semana, 12.º dia

«Segue-Me»

Os três tipos de humildade: o primeiro tipo de humildade é necessário à salvação eterna. E consiste em me rebaixar e me humilhar tanto quanto me for possível, para obedecer em tudo à Lei de Deus Nosso Senhor. De tal modo que, mesmo que me tornassem senhor de todas as coisas criadas deste mundo ou que estivesse em risco a minha própria vida temporal, nunca pensaria em transgredir um mandamento, fosse ele divino ou humano. [...]

O segundo tipo de humildade é uma humildade mais perfeita que a primeira. E consiste nisto: encontro-me num ponto em que não desejo nem tendo a preferir a riqueza à pobreza, a honra à desonra, uma vida longa a uma vida curta, quando as alternativas não afetam o serviço de Deus Nosso Senhor e a salvação da minha alma. [...]

O terceiro tipo de humildade é a humildade mais perfeita: é quando, incluindo a primeira e a segunda, sendo iguais o louvor e a glória de sua divina majestade, para imitar Cristo Nosso Senhor e me assemelhar a Ele mais eficazmente, desejo e escolho a pobreza com Cristo pobre em vez da riqueza, o opróbrio com Cristo coberto de opróbrios em lugar de honrarias; e desejo mais ser tido por insensato e louco para Cristo, que antes de todos foi tido como tal, do que por «sábio e prudente» neste mundo (Mt 11,25).