quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Todos os Santos

Prezados leitores

Toda a equipa de Evangelho Quotidiano vos deseja uma bela festa de Todos os Santos!

Neste dia, a Igreja da terra eleva os seus olhos e volta os seus pensamentos para a Igreja do Céu. A contemplação dos santos do Céu edifica-nos, consola-nos e fortalece-nos. É bom amar esses amigos de Deus que nos chamam e nos esperam. Louvemo-los e chamemos nós também por eles para que venham socorrer-nos e derramar sobre nós uma chuva invisível de graças.

Durante o mês de novembro, a nossa mãe Igreja confia à nossa oração atenta e devota as almas dos defuntos que estão ainda no Purgatório, à espera da felicidade do Céu. É um dever imperioso rezar por essas almas que esperam de nós ajuda e consolo. Em retorno, tenhamos a certeza, elas rezarão também por nós. Não hesitemos em solicitá-las e estabeleçamos com elas os laços maravilhosos da comunhão dos santos. Pensemos, de modo particular, nos defuntos da nossa família e nas pessoas que nos eram próximas. A amizade terrestre pode ser mantida espiritualmente de alma a alma pela oração.

Que a Virgem Maria, mãe de todos nós, nos ajude a viver em comunhão com os santos e as almas do Purgatório e a reforçar as nossas orações por elas.

Com muita amizade,

 

A equipa de Evangelho Quotidiano em língua portuguesa, um serviço evangelizo.org

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Quarta-feira, dia 01 de Novembro de 2017

Todos os santos – solenidade
Todos-os-Santos

Comentário do dia
São Gregório Magno : «Deles é o reino dos Céus.»

Apoc. 7,2-4.9-14.

Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente, trazendo o selo do Deus vivo. Ele clamou em alta voz aos quatro Anjos a quem foi dado o poder de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz: «A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos. Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra, e adoraram a Deus,
dizendo: «Ámen! A bênção e a glória, a sabedoria e a ação de graças, a honra, o poder e a força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Ámen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me: «Esses que estão vestidos de túnicas brancas, quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe: «Meu Senhor, vós é que o sabeis». Ele disse-me: «São os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro».


Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob.




1 João 3,1-3.

Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos como Ele é.
Todo aquele que tem n'Ele esta esperança purifica-se a si mesmo, para ser puro, como Ele é puro.


Mateus 5,1-12a.

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se. Rodearam-n'O os discípulos,
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 14 sobre o Evangelho

«Deles é o reino dos Céus.»

Jesus disse no Evangelho: «As minhas ovelhas escutam a minha voz, Eu conheço-as, elas seguem-Me e Eu dou-lhes a vida eterna» (Jo 10,27). Um pouco antes, tinha dito: «Se alguém entrar por Mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem» (v. 9). Porque entra-se pela fé, mas sai-se da fé pela visão face a face; passando da crença à contemplação, encontraremos pastagens para o repouso eterno.

São pois as ovelhas do Senhor quem tem acesso às pastagens, porque aquele que sai na simplicidade de coração recebe em alimento uma erva sempre verde. E estas pastagens das ovelhas são as alegrias profundas de um paraíso sempre verdejante. A pastagem dos eleitos é o rosto de Deus presente, contemplado numa visão sem sombra; a alma sacia-se sem fim deste alimento de vida.

Nestas pastagens, os que escaparam à rede dos desejos deste mundo são cumulados eternamente. Ali, canta o coro dos anjos, ali são reunidos os habitantes dos céus. Ali, há uma festa alegre para os que regressam, depois dos seus trabalhos, de uma triste estadia no estrangeiro. Ali se encontram o coro dos profetas de olhos penetrantes, os doze apóstolos juízes, a armada vitoriosa dos inúmeros mártires, tanto mais felizes quanto foram aqui em baixo duramente afligidos. Nesse lugar, é recompensada a constância dos confessores da fé. Ali se encontram os homens fiéis a quem os prazeres deste mundo não puderam amolecer a força de alma, as santas mulheres que venceram toda a fragilidade ao mesmo tempo que a este mundo; ali estão as crianças que pela sua maneira de viver se elevaram acima dos seus anos, os anciãos que a idade não pôde enfraquecer aqui em baixo e que não perderam a força para trabalhar. Irmãos bem amados, ponhamo-nos em busca dessas pastagens, onde seremos felizes na companhia de tantos santos.