domingo, 12 de novembro de 2017

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Domingo, dia 12 de Novembro de 2017

32º Domingo do Tempo Comum
XXXII Domingo Comum (semana IV do saltério)

S. Josafá Kuncevicz, monge, bispo, mártir, +1623

Comentário do dia
Santo Agostinho : «No meio da noite»

Sab. 6,12-16.

A Sabedoria é luminosa e o seu brilho é inalterável; deixa-se ver facilmente àqueles que a amam
e faz-se encontrar aos que a procuram. Antecipa-se e dá-se a conhecer aos que a desejam.
Quem a busca desde a aurora não se fatigará, porque há de encontrá-la já sentada à sua porta.
Meditar sobre ela é prudência consumada, e quem lhe consagra as vigílias depressa ficará sem cuidados.
Procura por toda a parte os que são dignos dela: aparece-lhes nos caminhos, cheia de benevolência, e vem ao seu encontro em todos os seus pensamentos.


Salmos 63(62),2.3-4.5-6.7-8.

Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida;
por isso, os meus lábios hão de cantar-Vos louvores.

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.

Quando no leito Vos recordo,
passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.




1 Tess. 4,13-18.

Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não vos contristardes como os outros, que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer, segundo uma palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.


Mateus 25,1-13.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: 'Aí vem o esposo; ide ao seu encontro'.
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se'.
Mas as prudentes responderam: 'Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores'.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta'.
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço'.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 93

«No meio da noite»

As dez virgens quiseram, todas elas, ir ao encontro do esposo. Que significa ir ao encontro do esposo? É ir com o coração, é viver na expetativa da sua chegada. Mas ele tardava a vir e elas adormeceram. [...] Que significa isto? Há um sono a que ninguém pode escapar. Recordai aquelas palavras do apóstolo Paulo: «Não queremos, irmão, que ignoreis o que o que diz respeito aos que dormem» (1Tes 4,12), isto é, aos que morreram. [...] Elas adormeceram todas. Pensais que a virgem prudente pode escapar à morte? Não, sejam elas prudentes ou insensatas, todas têm de passar pelo sono da morte. [...]

«No meio da noite ouviu-se um brado». Que quer isto dizer? Que é quando ninguém pensa, quando ninguém espera... Ele virá quando menos pensarmos nisso. Porque vem Ele assim? Porque «não vos compete conhecer o tempo ou a hora que o Pai fixou na sua autoridade» (At 1,7). «O dia do Senhor», diz o apóstolo Paulo, «virá como um ladrão em plena noite» (1Tes 5,3). Vigiai, pois, durante a noite, para não serdes surpreendidos pelo ladrão. Porque, que queirais quer não, o sono da morte virá necessariamente. [...]

E, no entanto, isso só acontecerá quando se ouvir um grito no meio da noite. Que grito é este? É aquele de que o apóstolo Paulo diz: «Num instante, num piscar de olhos, ao som da última trombeta. Porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados» (1Cor 15,52). Após aquele grito que ressoou no meio da noite: «Aí vem o esposo», que acontecerá? «Levantaram-se todas».